O Ministério do Púlpito (7): Vivendo em União Com Cristo



No passado domingo estive a pregar no culto matutino da minha Igreja, a Evangélica Baptista da Amadora, subordinado ao tema "Vivendo em União Com Cristo", baseado no texto sagrado de Colossenses 3:1-16. O Apóstolo Paulo, depois de vincar nos primeiros capítulos, a proeminência do Senhor Jesus na Doutrina Cristã, com ênfase mais acentuado na Sua obra criadora e remidora, bem como a Sua suficiência em contraposição à heresia dos colossenses, já no capítulo três lança-se nas pertinentes considerações práticas daquilo que deve caracterizar a postura congruente de um devoto Cristão. Começa, assim, primeiramente, a fazer uma clara destrinça entre "as coisas lá do alto", onde Cristo vive, assentado à direita de DEUS, que encerram todas as Beatitudes Eternas, opondo-as liminarmente às degradantes "coisas que são aqui da terra"

Por isso, todos aqueles que ressuscitaram com Cristo, devem abandonar resolutamente os corruptos valores do mundo, nomeadamente a imoralidade sexual, a devassidão, as paixões desordenadas, os maus desejos, a cobiça, atitudes de ira e irritação, a malícia, a blasfémia, a linguagem obscena e a mentira etc., visto que estes aberrantes comportamentos faziam parte da sua velha natureza pecaminosa. Os crentes devem, sem qualquer tipo de hesitação, despojá-los, subjugá-los e mortificá-los nas suas rotinas diárias de vida. Morrer, em suma, para os rudimentos do mundo e viver uma nova vida com Cristo glorificado, pois já somos o povo santo de DEUS, escolhido e amado por ELE. 

Se até aqui os crentes devem libertar-se definitivamente dos pecados mencionados, nos versículos doze e subsequentes, o Apóstolo Paulo insta-lhes a adornarem-se com os frutos do Espírito Santo (Gálatas 5:22), sobretudo da misericórdia, da bondade, da humildade, da mansidão, da longanimidade, do perdão e, acima de tudo, que o amor seja o vínculo da perfeição. Por outras palavras, a conduta Cristã deve sempre ser pautada pela virtude do amor em todas as situações e circunstâncias; amor esse paciente e prestável para com o próximo. Que não é invejoso. Não se envaidece nem é orgulhoso. O amor que não tem maus modos nem é egoísta. Não se irrita nem pensa mal. Um amor que jamais se alegra com uma injustiça causada a alguém, mas alegra-se sempre com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (LER)

É o mesmo amor que nos habilita a deixar a Paz de Cristo ser o arbitro dos nossos corações e actos, guiando-nos para toda a boa obra (2 Timóteo 3:16), bem como conferindo-nos concomitantemente a disponibilidade espiritual de dar sempre graças a DEUS Pai em tudo o que dizemos e fazemos, por intermédio do Senhor Jesus Cristo. Amém.