" A primeira coisa que peço é que as pessoas não façam uso do meu nome e não se chamem luteranas, mas cristãs. Que é Lutero? O ensino não é meu: nem fui crucificado por ninguém. (...) como eu, miserável saco fétido de larvas que, cheguei ao ponto em que as pessoas chamam os filhos de Cristo por meu perverso nome? ( Martinho Lutero)
Essa renuncia, escrita em 1522, não era protesto de uma falsa humildade, mas, sim, um real esforço de reduzir um "culto da personalidade", já em surgimento, e dirigir a atenção á fonte do pensamentodo reformador. "O ensino não meu."
Comprender o que Lutero quis dizer com essa afirmação é aprender o impulso central de sua teologia da Reforma.
Num sermão do mesmo ano, Lutero explicou sua percepção acerca de seu próprio papel nos eventos da Reforma:
"Simplesmente ensinei, preguei, escrevi a palavra de Deus; não fiz mais nada. E então, enquanto eu dormia, ou bebia cerveja de Wittenberg com meu Filipe e meu Amsdorf, a palavra enfraqueceu tão intensamente o papado que nenhum príncipe ou imperador jamais fez estrago assim. Não fiz nada. A palavra fez tudo."