PIROGA FANTASMA (17): Mesa Redonda


Amanhã o Governo Guineense estará a tentar convencer, em Bruxelas, os parceiros e doadores internacionais a investirem o capital financeiro no país e, deste modo, ajudá-lo a superar os gigantescos desafios socioeconómicos que vem enfrentando ao longo dos tempos. 

Muito se tem escrito e falado sobre a tão propalada Mesa Redonda. Acontece, infelizmente, que a maioria dos argumentos esgrimidos para sustentar a tese de prós e contras sobre a solene conferência não correspondem totalmente à verdade. Estão desfasados da realidade. Tal apenas comprova a ignorância de certos Guineenses a nível político-governativo mais que não se cansam de mermerir a todo o tempo. O pior de tudo foram aqueles que, por razões de ordens obscuras, optaram por estar no lado errado da História do país, isto é, numa posição oposta aos superiores interesses da Guiné-Bissau, lançando, inclusive, anátemas contra a esperançosa Mesa Redonda. 

É claro que se pode fazer pontual crítica sobre a ingenuidade como o Governo tem conduzido todo este processo até aqui. No entanto, nada que justifique estar contra a sua realização; ou, tão-simplesmente, considerar que vai ser um prejuízo abissal para o país no futuro. É um entendimento bastante redutor sobre a visão holística do impreterível percurso do desenvolvimento que a Guiné-Bissau precisa de trilhar. O enorme prejuízo está em não fazermos nada agora, tal como tem sucedido nas últimas décadas. 

Obviamente que a maior Mesa Redonda, nas doutas palavras do senhor Presidente da República, “será feita na Guiné-Bissau quando voltarmos” (LER) com bastante empenho e dedicação de todas as forças vivas do país. Ademais, é preciso consciencializar que a referida conferência não vai resolver definitivamente os reais problemas que afectam o nosso povo. Contudo, se for muito bem-sucedido, como estamos à espera, certamente que vai servir de trampolim para ajudar o país a minimizar o flagelo da pobreza com que se tem deparado. 

Por isso, oro para que DEUS oriente e ajude as nossas autoridades a saírem vitoriosas em Bruxelas para o bem-estar do Povo Guineense. Que assim seja.