O turbilhão que se vive na Turquia nos últimos anos
deve-se, acima de tudo, ao diferendo a nível da concepção do poder político e o
modelo organizacional de Estado entre os apologistas do laicismo, o islamismo,
o secularismo e o populismo que alguns apelidam de autoritarismo governativo do
presidente Recep Tayyip Erdogan. Todos eles se provaram manifestamente
incompatíveis e irreconciliáveis, pelo menos, por enquanto. E quem sai a ganhar
com toda esta demanda é o Erdogan. Vai paulatinamente consolidar
cada vez mais as suas atribuições constitucionais e, deste modo, absolutizando no poder. O
exemplo manifesto disso é o resultado do recente referendo no país (LER), (ALI) e (AQUI). Um caminho perigoso para a Democracia. Bastante perigosíssimo.