Carrilho, o Filósofo (3)


«Vivemos em sociedades atordoadas pelo carrossel dos acontecimentos, presas ao instante e à sua caótica fugacidade, incapazes de se ler no seu passado e de se projectar no futuro. Há várias razões para isto. Uma, evidente, tem que ver com as dificuldades de adaptação do modelo representativo à sociedade mediática, nomeadamente à constante pressão do instantâneo, do vivido e do directo, sobre as áreas da ponderação, da deliberação e da decisão.» 

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(Manuel Maria Carrilho, “De Olhos Bem Abertos”, p. 83, Sextante, Porto, 2011).