As Manobras Perigosas de Umaro Sissoko Embaló


Umaro Sissoko Embaló ainda não desarmou nos seus maléficos intentos contra o povo guineense. Sissoko Embaló ainda não caiu no real de que as coisas mudaram radicalmente em Bissau, sobretudo que o seu projecto político não tem mais pernas para andar nos próximos tempos que se avizinham no país. Sissoko Embaló está a fazer as manobras dilatórias perigosíssimas para lançar a Guiné-Bissau num pântano de incertezas e de convulsão social imprevisível. Sissoko Embaló é um factor da desagregação da nossa unidade e coesão nacional: um autêntico perturbador da ordem e paz social. Não sabe falar sem ameaçar ou agredir verbalmente terceiros. Não tem modos e cultura democrática para ocupar os relevantes cargos públicos. O seu discurso é sempre incendiário, pautado na desqualificação, intimidação e insultos gratuitos aos seus adversários políticos. 

Umaro Sissoko Embaló está a usar a capa do “presidente da república” para criar instabilidade no país e, consequentemente, tirar dividendos político-governativos. Sissoko está a lutar, inutilmente, a todo o custo, para assegurar o segundo mandato e, desta forma, continuar a pisar na nossa Constituição da República, tal como tem feito de forma reiterada. No entanto, o que Sissoko fingiu esquecer é de que o povo guineense já não o quer como “presidente da república”. Os guineenses estão exaustos e fartos dos desmandos de Sissoko. Não há mais um guineense com o bom senso que deixa ludibriar pelas ilusórias promessas políticas de Sissoko, excepto aqueles que estão a beneficiar com o estado de terror que ele tenta implementar na Guiné-Bissau. Sissoko Embaló pode pintar de santinho, ou fazer tudo que estiver ao seu alcance, nunca mais o povo guineense vai cair nas suas ardilosas e tautológicas mentiras. 

Ontem no seu descaracterizado e pobre discurso no aeroporto, contra todas as previsões, Umaro Sissoko Embaló anunciou unilateralmente a data das próximas eleições presidências para o dia 25 de Novembro de 2025, sem ouvir os partidos políticos, violando assim manifestamente as disposições da lei eleitoral do país. O mandato de Umaro Sissoko Embaló termina impreterivelmente em fevereiro de 2025, por que razão só vamos ter eleições no fim do ano? Sissoko Embaló pensa que vamos deixá-lo violar a Constituição da República para ficar na presidência aproximadamente seis anos? Sissoko deve estar a sonhar. Só pode ser mesmo. 

Esta marcação da data de eleições presidências de Sissoko Embaló não é, de todo, inocente. Umaro marcou extemporaneamente a referida data para poder ganhar o tempo suficiente de dissolver ainda o parlamento e, desta forma, criar um falso governo de unidade nacional, patrocinado exclusivamente por ele, para poder realizar e falsificar os resultados das eleições presidenciais. É isto a única interpretação plausível para ele marcar as eleições presidências passados nove meses depois do fim do seu mandato. Tanto que, por esta razão, afirmou ontem peremptoriamente que ganharia as eleições logo na primeira volta (na kuma gora?). Fez esta absurda afirmação porque sabe das futricas que está a planear… Estaremos aqui para enfrentá-lo, com determinação, todas as suas artimanhas para criar instabilidade no país. 

E mais, o parlamento da Guiné-Bissau já não pode ser dissolvida por actual “presidente da república” por imposição constitucional. A partir dos finais de Fevereiro de 2025, Umaro Sissoko Embaló deixará de ter plenos poderes como “presidente da república”, razão pela qual não terá mais prerrogativas para demitir o governo ou de dissolver o parlamento. Por isso, todas estas manobras dilatórias perigosíssimas que Sissoko está a fazer para perpetuar no poder não passarão. O povo guineense está atento a estas flagrantes violações e jamais terão sucesso. Mesmo assim, as tais manobras só servirão para mergulhar o país numa crise político-governativa e com implicações imprevisíveis para o nosso povo. Umaro Sissoko Embalo é, sem dúvida, infelizmente, um factor de instabilidade e representa um enormíssimo perigo para a Guiné-Bissau.