Demorei muito tempo anteontem a noite antes de ir para cama dormir, a ler os meus apontamentos da disciplina "Etica Cristã" sobre a mentira e as suas múltiplas formas comummente usadas pelas pessoas para atingirem os seus objectivos propostos, e com isso, procurar compreender o porquê que nos leva constantemente a usar esta artimanha, não obstante ser algo completamente repugnado na nossa sociedade. E de facto, a conclusão que cheguei foi o seguinte: a arte de driblar é um vício que vem connosco desde a nascença, devido a natureza pecaminosa do homem – consequência inerente do pecado original de Adão e Eva no início da criação no jardim do Éden.
Não é preciso sermos ensinados a mentir, para sabermos fazê-la perfeitamente. Embora, isso não quer dizer que somos condenados eternamente a viver de mentira. Não, o homem tem outras alternativas para converter-se deste vício e conseguir libertar plenamente. A mentira é maléfica; e tem poder para destruir os relacionamentos, terminar os bons casamentos, pôr os filhos contra os pais e vice-versa e criar a inimizade entre famílias e pessoas etc.
A mentira teve a sua raiz no diabo, que “nunca esteve ao lado da verdade, porque nele não há verdade. Quando diz mentiras fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e é o pai da mentira (Jesus Cristo, in João 8:44). E como escreve acertadamente Rui Rangel: “a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição”. O destino último, que espera todos os que mentem por palavras e obras, é a condenação eterna (Apocalipse 22:15).
Perante o exposto, razão pela qual, não celebrei ontem “o dia das mentiras”, e nem tão pouco pactuar com entusiasmo verificado em muitas pessoas. Para mim, não há dia para se legitimar a mentira, uma vez que todos os dias são para se dizer a verdade, "porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade” (Apóstolo Paulo, 2 Coríntios 13:8).