Faz hoje precisamente 70 anos que o Exército Vermelho libertou definitivamente o Campo de Concentração de Auschwitz, na Polónia (ALI) e (AQUI), e, mais tarde, juntamente com os Aliados, obtiveram a heróica vitória sobre o Nacional-Socialismo em Maio de 1945, ficando assim assinalada como o “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”. É uma data que não quero deixar passar em branco devido à extrema importância que reveste para a Humanidade. Há um mês estive no Campo de Concentração de Dachau, em Munique, Alemanha, e fiquei completamente aterrorizado com o cenário macabro cometido naquela instalação pelo regime Nazi durante a Segunda Guerra Mundial (LER), estendendo-se semelhantes atrocidades – ainda com proporções piores – aos outros Campos de Concentração espalhados por diferentes pontos da Europa (VER).
Baseando-se na quimera pretensão de criar uma “Nova Ordem Europeia”, inspirada na supremacia da raça ariana sobre as demais, Adolf Hitler e os seus correligionários do partido lançaram uma forte incursão militar com vista a concretizar o tal maléfico intento. Conseguiram fazê-lo numa primeira fase da guerra, ocupando vários territórios europeus em simultâneo. Em consequência disso, milhões de inocentes foram barbaramente assassinadas pelo simples facto de serem como são.
Usou, para disfarçar o gigantesco plano diabólico por detrás do governo, o eufemismo da “Solução Final”, tendo como finalidade última exterminar todos os Judeus. Erradicá-los completamente da história da Humanidade, tal como era o fervoroso desejo do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Campos da morte especiais foram construídos em zonas remotas com o único propósito de matar judeus e algumas minorias. No campo de Auschwitz, sustentava o reputado Historiador Martin Gilbert, os deportados robustos – que ali chegavam atravessando portões que exibiam a sinistra divisa «ARBEIT MACHT FREI («O TRABALHO LIBERTA») – eram enviados para campos de trabalho servil nas proximidades, enquanto as mulheres, as crianças, os velhos e os doentes eram enviados para as câmaras de gás à razão de 12 000 por dia. Aqui, entre 1941 e 1944, mais de 2 milhões de judeus foram assassinados (juntamente com 2 milhões de não judeus); mais 2 milhões de judeus foram mortos nos outros quatro campos da morte, somando os da Alemanha (entre os quais Bergen-Belsen, Ravensbrück, Buchenwald, Dachau), na Áustria (Mauthausen) e na Jugoslávia onde judeus e não Judeus eram submetidos à fome, à tortura, ao trabalho até à morte e ao assassínio.
No fim da Guerra estima-se que mais de seis milhões de judeus tenham sido mortos de forma hedionda. Em alguns países, como a Polónia e a Grécia, escrevia Mark Mazower, “as comunidades judaicas foram quase totalmente exterminadas”. Outros grupos étnicos foram também brutalmente atingidos, nomeadamente os ciganos, sérvios, polacos, ucranianos, soldados soviéticos e outros opositores do regime Nazi.
A monstruosidade da Segunda Guerra Mundial é tal que excede, em larga medida, a compreensão humana. É daqueles inqualificáveis actos de crueldade que somente a Justiça e o Poder de DEUS podem curar. Somente mesmo a Graça e Misericórdia Divina. No entanto, não há margem para dúvida que a Alemanha estará eternamente maculada por uma das piores carnificinas alguma vez cometidas na História da Humanidade. E como sustentava Josephine Bacon, “a história da Alemanha ficará manchada para todo o sempre pelos crimes mais atrozes que seres humanos alguma vez praticaram contra semelhantes seus, indefesos… Nunca mais ninguém será capaz de descrever a Alemanha como a terra de Goethe e de Bach, de Kant e de Lessing… Ela foi também, e fica a sê-lo daqui em diante, a terra de Hitler, de Himmler e dos campos da morte".
Quero render a minha singela homenagem a todos aqueles que tombaram injustamente na hedionda guerra, bem como os que lutaram incansavelmente para derrotar o regime Nazi e consequentemente devolver a dignidade ao ser humano. DEUS aceita no Vosso Reino Celestial os inocentes que foram mortos na Segunda Guerra Mundial. Que assim seja.