A fundação do Estado de
Israel foi, sem dúvida, um dos acontecimentos mais relevantes do século passado
no Médio Oriente. Excedeu todos os arbítrios dos responsáveis políticos e
poderes vigentes na altura. Foi um acto extraordinário e miraculoso do
Todo-Poderoso DEUS para com o humilhado povo judeu. O anti-semitismo moderno, o
processo Dreyfus, a Declaração de Balfour e o holocausto Nazi da Segunda Guerra
Mundial foram prenúncios profundamente marcantes que precipitaram e
condicionaram decisivamente a agenda internacional, dando assim ensejo a tão
almejada e legítima proclamação da Pátria Judaica no dia 14 de Maio de 1948.
Tanto Theodor Herzl,
bem como Arthur Balfour e Ben Gurion não tinham a noção exacta dos contornos e
implicações práticas que os seus esforços políticos representariam nos anos
subsequentes à emancipação de Israel como nação livre, democrática,
independente, próspera e uma das maiores potências económico-militares do
conturbado Médio Oriente. Foi uma proeza inigualável e inexplicável do ponto de
vista político-diplomático.
Posto isto, e sem
qualquer tipo de juízo leviano ou subterfúgio assente no “politicamente
correcto”, sou manifestamente sionista e serei sempre. Também, por uma questão
de imparcialidade e justiça social, sou a favor da existência do estado
palestiniano, sobretudo no que toca à sua coexistência pacífica com o estado
hebreu, sem este contudo abdicar da parte dos territórios que actualmente
ocupa, especialmente na cidade de Jerusalém.
Israel existiu pela
força Divina, e vai continuar sempre assim, para infelicidade de todos os
revisionistas e anti-semitas.