«Por isso, o reino dos céus é
semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando
a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele,
porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os
filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo,
prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o
senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. Saindo,
porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem
denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o
seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te
pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que
saldasse a dívida. Vendo os
seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram
relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe
disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não
devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me
compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até
que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do
íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.»
(Jesus Cristo, in A
Bíblia Sagrada – Mateus 18:23-35, Versão, João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada,
Sociedade Bíblica do Brasil, 1993).