A crise grega com os credores internacionais (LER) pode ser vista também nesse prisma teológico da "Parábola do Credor Incompassivo" (LER):
o problema de perdão ou a renegociação da dívida não vem de hoje. Sempre
existiu desde os primórdios da Humanidade. E ninguém se furta de não ter débito
com alguém, mesmo que não seja pecuniário. Com DEUS todos nós, sem excepção,
somos eternos devedores. Se Ele nos perdoou – porque não tínhamos qualquer
outra alternativa para pagá-Lo – da mesma sorte temos o dever e a obrigação de
perdoar aqueles que nos são devedores e que não têm meios suficientes para
fazê-lo, sob pena de DEUS voltar a acertar contas connosco, tal como esta
parábola bem ilustra.
A Grécia não está a pedir o perdão da sua exorbitante
dívida mas sim a extensão do prazo para a sua amortização. Esperava-se por
parte da troika, mormente das instâncias europeias, a maior sensibilidade
humano-social e compreensão para com os milhares de gregos que são expostos à
miséria e autêntica pobreza.