«Quando as
riquezas começaram a servir de honra e a trazer glória, imperium e poder, a
virtude começou a exaurir-se, a pobreza era vista como uma desgraça, a
inocência como uma malevolência. Assim, devido à riqueza, a nossa juventude foi
submergida pelo luxo, cobiça e orgulho; roubavam e esbanjavam, não davam valor
ao que tinham, invejavam outros povos; a decência da modéstia e da castidade,
de tudo o que era divino ou humano, não lhes merecia qualquer pensamento nem
moderação».
(Salústio, senador
e historiador, em finais dos anos 40 a. C., citado por Adrian Goldsworthy, in
César [A Vida de um Colosso], p. 147, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2013).