Os dias que correm não são nada fáceis para o
comum dos mortais. Desafiam a nossa lógica racional até aos limites.
Mostram-nos, através da realidade tenebrosa corrente, o quão desumana a
humanidade é. Vivemos tempos de ansiedade, incerteza, desconfiança, desânimo e
medo, confirmando assim a sentença do afamado Albert Einstein de que "o
mundo é um lugar perigoso de se viver", encerrava. O exemplo manifesto
disto são as aterradoras notícias que nos chegam dos media,
reportando as maléficas situações de abuso de poder, a marginalização, os escândalos, as
injustiças, o terrorismo islâmico, as guerras, o ódio, o racismo, as violações,
a aversão aos desamparados refugiados, as mortes dos inofensivos migrantes no Mediterrâneo,
etc.
Perante estas hediondas e reiteradas transgressões a que
temos assistido impotentemente, não há margem para dúvida que é a sobrevivência
da civilização humana que está em causa. Jamais poderemos consentir, em
circunstância alguma, com tais aberrantes práticas, porque constituem ferozes
inimigos das sociedades abertas. E elas não podem triunfar, sob pena de
ficarmos completamente reféns da tirania. Por isso, somos todos intimados, os
amantes da liberdade e democracia pluralista, a participar nesta justa guerra
civilizacional. É uma guerra que visa afirmar, de forma inequívoca, os sublimes
valores da igualdade entre os seres humanos e povos, da paz, da justiça social,
da tolerância, da fraternidade, da democracia, dos Direitos Fundamentais, em detrimento
do preconceito, da discriminação, do radicalismo, da subjugação, do
absolutismo, do fanatismo religioso, do ódio e da barbárie. Eis a peleja que
nos espera a todos, sem excepção.