O senhor Fillon está em apuros perante os
seus patrícios franceses (LER), por mais que procure arranjar artifícios escapatórios para redimir do
imbróglio em que está entalado (LER). Há um brocardo latino que dizia "non omne quod licet honestum est" (nem tudo
o que é legal é honesto), traduzindo assim o Princípio da Moralidade na Esfera
Político-comunitária. O Santo Apóstolo Paulo, na mesma esteira do pensamento,
vai ao ponto de advertir aos fiéis Cristãos que "todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma" (1 Coríntios 6:12).
A legalidade só por si não
legitima qualquer tipo de acção, pois há muitas leis iníquas e imorais que não
deveriam, em circunstância alguma, merecer o acolhimento no fórum da
consciência e tão pouco servir de pretexto para as nossas transviadas acções. Foi este desnecessário erro que o senhor Fillon deixou cair, pondo em causa agora
a sua reputação no processo eleitoral em curso no país que, segundo algumas sondagens,
era o favorito dos franceses para ser o próximo presidente da república.