No passado domingo estive a pregar no culto matutino da
minha Igreja, a Evangélica Baptista da Amadora, subordinado ao tema "Vivendo
em União Com Cristo", baseado no texto sagrado de Colossenses
3:1-16. O Apóstolo Paulo, depois de vincar nos primeiros capítulos, a
proeminência do Senhor Jesus na Doutrina Cristã, com ênfase mais acentuado na
Sua obra criadora e remidora, bem como a Sua suficiência em contraposição à
heresia dos colossenses, já no capítulo três lança-se nas pertinentes
considerações práticas daquilo que deve caracterizar a postura congruente de um
devoto Cristão. Começa, assim, primeiramente, a fazer uma clara destrinça
entre "as coisas lá do alto", onde Cristo vive, assentado
à direita de DEUS, que encerram todas as Beatitudes Eternas, opondo-as
liminarmente às degradantes "coisas que são aqui da terra".
Por isso, todos aqueles que ressuscitaram com Cristo,
devem abandonar resolutamente os corruptos valores do mundo, nomeadamente a
imoralidade sexual, a devassidão, as paixões desordenadas, os maus desejos, a
cobiça, atitudes de ira e irritação, a malícia, a blasfémia, a linguagem
obscena e a mentira etc., visto que estes aberrantes comportamentos faziam
parte da sua velha natureza pecaminosa. Os crentes devem, sem qualquer tipo de
hesitação, despojá-los, subjugá-los e mortificá-los nas suas rotinas diárias de
vida. Morrer, em suma, para os rudimentos do mundo e viver uma nova vida com
Cristo glorificado, pois já somos o povo santo de DEUS, escolhido e amado por
ELE.
Se até aqui os crentes devem libertar-se definitivamente
dos pecados mencionados, nos versículos doze e subsequentes, o Apóstolo Paulo
insta-lhes a adornarem-se com os frutos do Espírito Santo (Gálatas
5:22), sobretudo da misericórdia, da bondade, da humildade, da mansidão, da
longanimidade, do perdão e, acima de tudo, que o amor seja o vínculo da
perfeição. Por outras palavras, a conduta Cristã deve sempre ser pautada pela
virtude do amor em todas as situações e circunstâncias; amor esse paciente e
prestável para com o próximo. Que não é invejoso. Não se envaidece nem é
orgulhoso. O amor que não tem maus modos nem é egoísta. Não se irrita nem
pensa mal. Um amor que jamais se alegra com uma injustiça causada a
alguém, mas alegra-se sempre com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta (LER).
É o mesmo amor que nos habilita a deixar a Paz de Cristo
ser o arbitro dos nossos corações e actos, guiando-nos para toda a boa
obra (2 Timóteo 3:16), bem como conferindo-nos concomitantemente a
disponibilidade espiritual de dar sempre graças a DEUS Pai em tudo o que
dizemos e fazemos, por intermédio do Senhor Jesus Cristo. Amém.