Às vezes sou proustiano. Outras vezes não. Depende do estado de alma em que me encontro. O passado será sempre presente quando recordamo-lo, máxime aquele passado aprazível que encerra marcas profundíssimas e indeléveis que jamais conseguiremos extinguir da comunhão da memória. Quando lembro do meu passado – tanto longínquo como recente – desperta-me sempre um sentimento de gozo indescritível. É como um verdadeiro regresso ao “espírito do tempo”. Uma momentânea redenção soteriológica que inunda o meu pobre ser, projectando-me para as “marcas do tempo” do meu percurso de vida neste “Vale de Lágrimas”.
Não carrego comigo vestígios de amargura, de ressentimentos, de pessimismo e de vingança – longe de mim tais atrofiamentos da alma! Longe de mim isso! Considero-me, acima de tudo, uma pessoa optimista, bem-sucedida, realizada e feliz, graças a DEUS. O Cristianismo faz-me ser melhor a todos os níveis. Não é uma crença fugaz, mas sim uma certeza inabalável que encarno no meu substrato identitário. Louvado seja DEUS para todo o sempre! Que assim seja!