A Vacina Contra o Coronavírus

Tomei hoje a segunda dose da vacina contra o coronavírus. Fico literalmente satisfeito e com a sensação do dever cumprido – por ter feito tudo aquilo que estava ao meu alcance contra o maldito coronavírus. 

Por imperativo de consciência decidi, de forma unilateral e deliberada, vacinar-me e desta forma ficar temporiariamente “imunizado” contra SARS-CoV-2. Esta minha opção baseia-se em alinhar de “corpo e alma” num esforço colectivo-internacional contra a peste do coronavírus. Também visa contrariar a incredulidade, o obscurantismo, a ignorância, os boatos premeditados e as mentiras desprovidas de evidências científicas em torno das vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), reconfirmadas pelas autoridades sanitárias dos respectivos países, com o intuito de desacreditá-las. Da mesma sorte, visa combater o individualismo egocêntrico a que o nosso mundo cada vez mais está votado e as fake news das redes sociais. 

Estou naturalmente ciente dos riscos colaterais que estas vacinas comportam nas pessoas em que foram administradas, mesmo assim julgo que é um risco bem menor para a sociedade do que não se vacinar. Nós, os seres humanos, não somos perfeitos. Ninguém é perfeito, excepto o Eterno e Todo-Poderoso DEUS. Como é que podemos então exigir a perfeição pelas obras das nossas mãos? E mais, prefiro correr os ínfimos riscos associados às vacinas do que correr maiores riscos de não vacinar e posteriormente contrair o vírus e transmiti-lo para outras pessoas e este, por sua vez, revelar-se fatal em tais circunstâncias. Não quero apanhar o coronavírus. Não quero ser veículo de transmissão dele para terceiros. Não quero, em última instância, ser cúmplice desta maldita e funesta doença. 

Por isso, perante a verdade exposta, entendo que vacinar é uma questão de pensar altruisticamente em nós, nos nossos e nos outros. É uma questão de convergência total do esforço a nível colectivo em detrimento da individualidade. É uma questão de bom senso e da razoabilidade. É, em suma, sem dúvida, uma questão de humanismo e de humanidade.