É Carolina

No acampamento de Mafra, encontrei-me com a menina Carolina, logo pensei: só pode ser guineense. Depois dirigi-me para ela e cumprimentei-a: olá como estás? Como é que chamas?
- Com uma voz docinha, ela respondeu-me: “Estou bem e chamo-me Carolina!” Algumas pessoas que estavam ao meu redor, que a conhecia, disseram-me: "Ela é guineense...”. Segurei nela e dei-lhe dois beijinhos, e comecei a falar com ela em crioulo, mas como ela não estava a perceber limitou-se somente a rir.
A Carolina tem uma história muito longa e bastante complicada. Nasceu em Bissau, e é da etnia balanta. Órfã de pais foi criada num orfanato ao redor de Bissau (onde trabalharam os pais durante algum tempo), a partir daí o casal luso-brasileiro (pai brasileiro, mãe portuguesa) simpatizaram com ela e decidiram adoptá-la. Depois dos pais terminarem o trabalho na Guiné-Bissau, resolveram trazê-la para Portugal. Ela vive cá há um ano e alguns meses e já nem crioulo fala. Esqueceu-se de “tudo” a única coisa que lembra é que veio da Guiné-Bissau. Como podem ver na foto, ela está saudável, bonita e bem disposta.
Neste momento está com os pais no Brasil a passar férias, e em princípio só voltarão daqui a um mês (segundo a informação que me deram).