23 DE JANEIRO. Data dos Heróis Nacionais guineenses que assinala o início da luta armada em 1963, liderado por Engenheiro Amílcar Lopes Cabral, que culminou com a proclamação da independência nacional em Medina de Boé, no dia 24 de Setembro de 1973. Uma data importante para o nosso país, não obstante as incertezas e obscuridade que ainda estamos rodeados. Recomendamos a leitura de uma breve reflexão que fizemos há 4 anos atrás por ocasião da referida data, aqui.
TOMADA DE POSSES.
PRIMEIRAS ACTIVIDADES DA AEGBL. Depois da investidura dos órgãos da direcção, resolvemos organizar de imediato o primeiro evento no dia 20 de Janeiro que marca 38 anos do desaparecimento físico do fundador e pai da nacionalidade guineense e cabo-verdiana, Engenheiro Amílcar Lopes Cabral em parceria com o Núcleo de Estudantes Africanos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (NEAFDL) e Associação de Jovens para Acção e Cidadania pela Guiné-Bissau (AJAC) e com apoio da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal para homenagear Amílcar Cabral e os Heróis Nacionais da Luta pela Libertação da Guiné e Cabo-verde. O evento decorreu no anfiteatro 08 da minha Faculdade, e contou com a participação de 5 grandes conferencistas de peso: O Secretário Executivo da CPLP, o guineense e Engenheiro Domingos Simões Pereira (veja aqui o seu discurso), Cabo-verdiano, Jurista e Analista Político José Luís Hopfer de Almada, guineense, Professor de História e Investigador na Universidade de Coimbra, Professor Doutor Julião Sousa, Cabo-verdiano, Sociólogo Rony Roreira e por fim, o português António Duarte da Silva, tendo como moderador o guineense/Consultor Internacional em Comunicação e Jornalismo António Lopes Soares (“Tony Tcheka”) contando ainda com a presença do Senhor Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, o Doutor Fali Embaló acompanhado com os respectivos corpos diplomáticos da Embaixada. Ao contrário, daquilo que havíamos anunciado aqui, acabámos por não puder contar com a presença dos Professores catedráticos Jorge Miranda e Marcelo Rebelo de Sousa devido as vicissitudes supervinientes. Este último Professor, fez ainda questão de marcar a presença por breves instantes na cerimónia.
CONFERÊNCIA. Depois da convergência total no pensamento e elogios vindos dos cincos conferencistas sobre a vida e obra de Amílcar Cabral e o legado que ele deixou à Humanidade, particularmente ao povo guineense e Cabo-verdiano, no que toca à dignidade da pessoa humana e a unidade idealizada entre os dois povos, a Guiné-Bissau e Cabo-verde, seguiu-se o momento do debate. Na nossa intervenção, questionamos a mesa até que ponto podemos considerar consistente o pensamento de Amílcar Cabral, uma vez que aquilo que ele havia idealizado para os dois povos, acabou por ser posto em causa por ambos países. A começar pela “desvinculação” de Cabo-verde do PAIGC para o partido PAICV aquando da revolução armada de 14 de Novembro de 1980 liderado por então General João Bernardo Vieira (Nino), conhecido como “O Movimento Reajustador” pondo o termo o regime ditatorial de Luís Cabral, não obstante posteriores incongruências praticado por ele. Lembramos ainda, das constantes instabilidades políticas que a Guiné-Bissau tem experimentado nos últimos anos, que demonstra claramente o desvio e desrespeito total pelo ideal traçado por Amílcar Cabral. E perante o exposto, interrogamos os conferencistas perante estes factos e qual é a leitura que fazem de tudo isso. No nosso entendimento, julgamos que a resposta é claramente negativa por razões supra-mencionados, obviamente, sem prejuízo do contributo nobre que ele (Amílcar Cabral) deu para todos nós e valores elevados do seu pensamento. Tal como o próprio dizia: “sou um simples africano que quis saldar a sua dívida com o seu povo”, e conseguiu fazê-lo pagando com a sua própria vida. Terminando a nossa pergunta, infelizmente, não houve resposta convincente que estavamos a espera vindo por parte do moderador "TonyTcheca". A conferência foi encerrado com o discurso do Senhor Embaixador Fali Embaló.
PRÓS E CONTRAS NA UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE LISBOA. Prosseguindo com as actividades no dia seguinte de homenagem a Amílcar Cabral e os Heróis Nacionais da Libertação da Guiné e Cabo-verde, organizamos um debate prós e contras, na qual fui um dos protagonistas nos 4 elementos que constituem a mesa, dois guineenses e igualmente dois cabo-verdianos sob tema: "Influência do Pensamento de Amílcar Cabral na União dos Povos da Guiné e Cabo-verde no tempo da Luta Armada”. Na abordagem que fizemos perante dezenas de jovens/intelectuais guineenses e cabo-verdianos, destacamos a excelente capacidade de liderança e mobilização que Amílcar Cabral detinha perante os seus, sobretudo, a forma eficiente como a sua mensagem conseguiu chegar aos guineenses e cabo-verdianos, despertando-os para a unidade e causa da independência nacional. E por fim, acusamos os cabo-verdianos de serem responsável número um na ruptura da unidade dos dois países/povos pré-estabelecido por Amílcar Cabral. O debate foi bastante intenso com total dissenso, ou seja, cada um a procurar chamar a razão e verdade para o seu lado.
AS PRESIDÊNCIAIS. Com a vitória do Professor Cavaco Silva como é que será o cenário político, económico e sobretudo da dívida externa portuguesa nos próximos tempos? Veremos como é que serão as coisas. A meu ver, não será nada fácil para o governo socialista.
ESCLARECIMENTO SOBRE DILMA ROUSSEFF. O facto de destacamos a eleição/tomada de posse e algumas qualidades do recém presidente do Brasil, tal como outrora fizemos com o eleito Presidente dos EUA Barak Obama e alguns comentários orais que proferimos nas nossas conversas informais com os amigos sobre a sua pessoa e o ideal que pretende para o povo americano, mereceu erradamente o reparo e crítica por parte do nosso amigo David Cameira, isso não deve ser entendido como a nossa admiração ou adesão à sua ideologia política. Constatamos que alguns leitores do nosso blog, interpretaram mal o nosso pensamento. Tal como escrevemos a tempos atrás aqui, no qual mantivemos na íntegra, não temos a “ideologia política” na perspectiva como é concebido e encarado na nossa sociedade. A nossa ideologia política é a Doutrina Social da Igreja regido única e exclusivamente pelos preceitos bíblicos.
FC PORTO, BENFICA E SPORTING. Se o F C do Porto assegurar mais 4 vitórias consecutivas nos próximos jogos, será com certeza o justo campeão nacional. O Benfica terá poucas possibilidades de inverter a situação nestes cenários. Pelo que, os próximos jogos serão decisivos para apurar se realmente o FC Porto conseguirá manter a consistência que tem demonstrado ao público português. O Sporting cada vez mais a perder o ritmo. Parece quem vive de “estado de necessidade”.