Faz hoje 496 anos o início oficial daquilo que mais tarde
ficou conhecido na História Moderna como a Reforma Protestante. Foi precisamente no dia 31 de Outubro de 1517,
o Teólogo Martinho Lutero distanciou-se completamente das práticas e heresias
reinantes na Igreja Católica, sobretudo no que toca a falsificação do
real ensino bíblico, que consubstancia o uso da indulgência (a
salvação pelas obras, não pela/mediante a fé em Jesus Cristo), o culto mariano,
a infalibilidade da autoridade papal e de toda a sorte de idolatria e
imoralidade caracterizantes da Igreja Católica.
E como na altura, estas verdades estavam a ser
flagrantemente adulteradas por parte da Igreja Católica - como tem sido ao longo
dos séculos - Martinho Lutero, decidiu unilateralmente tomar uma posição de
ruptura contra o Vaticano, através da afixação das suas 95 teses na Catedral de
Wittenberg, com o intuito de denunciar publicamente as referidas heresias
destruidoras de vidas humanas e, ao mesmo tempo, oferecer um novo paradigma
bíblico centralizado única e exclusivamente na pessoa de Jesus Cristo e na sua
obra redentora na Cruz do Calvário a favor da Humanidade.
Tudo isto, para Martinho Lutero, resumia-se em três grandes doutrinas bíblicas essenciais: a Graça, a Fé e a Escritura como únicos meios necessários que possam levar o Homem para o pleno conhecimento da Verdade Justificadora e, consequentemente, à sua Salvação em Cristo Jesus.
Passados quase estes cinco séculos da Reforma, e vendo a
realidade das Igrejas Protestantes nos dias de hoje ficam ainda muito a
desejar. Continuamos a confrontarmo-nos com sérios problemas de fundo, tais como
os graves desvios doutrinários, que assentam sobretudo na profunda crise da fé,
no racionalismo e liberalismo teológico e, por fim, no evangelho da
prosperidade que ameaçam de forma drástica e significativamente a maioria das
denominações Evangélico-protestantes onde os grandes princípios e valores
bíblicos que outrora nortearam a Igreja Primitiva estão a
ser relegados para o segundo plano.
Esperamos de facto que, DEUS possa continuar a levantar
grandes Homens de Fé, tal como fez com Martinho Lutero, Ulrich Swinglio, João Calvino,
Menno Simons e tantos outros reformadores ao longo da história, para conduzir a
Sua Amada Igreja na prossecução da sua sagrada missão aqui na terra, que é
evangelizar e ganhar muitas almas para o Reino de Cristo. Que assim seja!