Aniversário, Livros e Correr

Aniversário. Fiz ontem 29 anos de idade. O dia do nosso aniversário é sempre um momento marcante da nossa vida, e o meu de ontem não foi a excepção. Estive com os meus amigos da residência a festejar a ocasião horas antes de entrarmos propriamente no grande dia, 3 de Janeiro, celebrando até de madrugada. Ao longo do dia, recebi várias felicitações vindos de diferentes círculos dos meus relacionamentos e em especial da minha família. Por isso, com espírito de louvor e gratidão a DEUS, agradeço-Lhe profundamente pela vida, saúde e oportunidade que me tem proporcionado ao longo dos tempos, que tem a ver sobretudo com o Seu imensurável amor, Cuidado, Providência diária e Protecção para comigo. A ELE toda a Glória e para todo sempre!
Livros. Nestes últimos dias – por iniciativa própria - lancei-me numa aventura de ler várias obras e, ao mesmo tempo, comprar outras novas que ainda não dispunha. Já terminei de ler “A infância de Jesus”, o polémico livro do Papa Bento XVI, e a “Arte de Amar”, de Ovídio, e iniciei hoje “O Cristianismo”, de Hans Kung, contando acabá-lo nos próximos dias. E ainda ontem, por ter feito anos (e também pelo facto da Fundação Calouste Gulbenkian estar a vender os livros a preços de saldos imperdíveis), decidi presentear-me a mim mesmo, comprando na mesma instituição, os três volumes da “Cidade de Deus”, do santo Agostinho (que já me faziam bastante falta), a “Didáctica Magna”, de Coménio (fiquei fascinado por este autor, que me foi dado a conhecer pelo meu irmão Evaristo Vieira, que teve a grata oportunidade de fazer a recensão critica desta obra na Aliança Evangélica Portuguesa), os dois volumes “Riquezas das Nações”, de Adam Smith, “A Douta Ignorância”, de Nicolau de Cusa, “Tratado da Natureza Humana”, de David Hume. Entre outros. Já tenho os livros para os próximos tempos.

Correr. Anteontem, fui surpreendido pelo meu grandíssimo amigo Hugo Silva para irmos correr. Ele corre todos dias; e faz questão sempre de me convidar a ir com ele, no entanto sempre declinei a solicitação. A minha recusa, não é propriamente de ter medo de correr, antes pelo contrário, é um desporto que gosto de fazer. Quando morava em Queluz há 5 anos atrás, tinha por hábito de vez em quando correr no parque da mesma cidade. Desde que passei a residir em Lisboa, perdi o gosto de correr, porque aqui em Lisboa não há condições mínimas para tal, por razões várias, que certamente alguns saberão.
Anteontem tudo foi diferente. Quando o Hugo preparava para seguir a sua rotina diária, decidi associar-me a ele no treino. Lá fomos nós e mais um colega nosso. Saímos de Saldanha por voltas das 19:00 horas a correr em direcção à S. Sebastião, depois seguimos para praça da Figueira, passando até o Terreiro de Paço onde aproveitámos (à beira do mar) para fazer breves extensões dos músculos. Depois da paragem de 5 minutos a fazer exercícios físicos, retomamos novamente a corrida em direcção a Santa Polonia, que era o final da primeira etapa. Mesmo depois de chegarmos a Santa Polonia, não parámos; continuámos sim a correr de volta ao Saldanha. E tivemos novamente de fazer o percurso inverso até a Praça do Rossio, para depois subir a Avenida da Liberdade em direcção ao Marquês de Pombal. Foi nesse momento que desfaleci completamente e parei de correr. Já não tinha forças suficientes para prosseguir. Deliberadamente, comecei andar. E o nosso colega também, depois de escassos metros a subir a Avenida da Liberdade fatigou-se da mesma forma como eu. Só o Hugo que não parava de correr e ainda voltou atrás para me dar o ânimo a segui-lo, que infelizmente não resultou. Depois de eu estar a andar a pé até chegar ao Marquês de Pombal, lá comecei novamente a correr a Avenida Fontes Pereira de Melo até chegar o destino final, o Saldanha.

De facto corremos muito anteontem, e ainda por cima eu que já não corria dessa forma há bastante tempo: em consequência disso ontem, apesar de ser o dia do meu aniversário, não conseguia andar de forma confortável. Estava com dores em toda a parte do corpo. E isto faz-me lembrar, as mesmas dores da aventura que tive com o meu amigo holandês, o Peter Vervoef há três anos atrás: de sairmos da cidade de Reeuwisk de bicicleta até Roterdão, ida e volta, percorrendo assim uns bons quilómetros de distância.

Não obstante as dores que estou a sentir, já tomei uma decisão: de agora em diante, vou passar a correr regularmente com o meu amigo, para assim ganhar mais a resistência e reduzir um pouco os quilos a mais que carrego no corpo.