«O grande risco do mundo actual,
com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza
individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada
de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha
nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os
pobres, já não se ouvem a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu
amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente,
que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas
ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena,
este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que
jorra do coração de Cristo ressuscitado.»
(Papa Francisco, in A Alegria
do Evangelho [Exortação Apostólica Evangelii Gaudium], pág. 7, Paulinas, 2013).