O que mais me intriga neste estudo da UNICEF é a
passividade e o consenso generalizado na sociedade guineense em torno da
violência domestica, levando, inclusive, 42% das mulheres inquiridas pensarem "que
se justifica que o marido/parceiro as bata ou espanque pelo menos uma vez em
situações como estas: A mulher não presta atenção aos filhos, sair sem dizer
nada ao marido, discutir com o marido, recusar ter relações sexuais ou queimar
a comida", somando números bastantes preocupantes de mulheres que foram
excisadas em nome da maldita tradição (LER) e também aqui em Portugal (LER). Mesmo com toda esta calamidade pública, denunciada no inquérito, "de
modo geral 95% da população entrevistada, tanto mulheres como homens, sobretudo
os jovens com idades entre 15 a 24 anos, dizem-se satisfeitos com a vida que
levam", encerra o relatório final. É mesmo impressionante!