A recente e absurda decisão da UNESCO só pode ser
qualificada de antissemitismo (ALI) e (AQUI).
Não há outra explicação a dar pela torpe deliberação conspirativa da instituição da ONU contra Israel. Eu sei que,
nos dias que correm, está bastante na moda defender a causa palestiniana, mesmo
quando se desconhece absolutamente a génesis da renhida disputa territorial na
Terra Santa entre os dois povos. No entanto, não temos o direito de escamotear
a verdade histórica para fazer valer a todo o custo as nossas opções preferenciais.
Desde logo o Judaísmo precede de longe o
islamismo. Este só teve início depois de Cristo, isto é, no século VII com a hégira de
Maomé de Meca para Medina em 622. Ao passo que aquele existia desde os tempos
imemoráveis. Antes de ter sido escrito o corão ou erguida a esplanada das mesquitas (LER),
o Monte do Templo já era o lugar sagrado dos judeus – a Cidade do DEUS vivo referenciada inúmeras vezes no Antigo Testamento e Novo Testamento. É
a parte mais importante do Monte de Sião, aliás, o Sionismo advém dele. Foi ali
que Salomão construiu o primeiro Templo no século XI a.C. e destruído
com o cativeiro babilónico, dando depois sequência a sua reconstrução por Zorobabel
e Herodes, respectivamente. É ali, da mesma sorte, que jazem os restos mortais
do rei David e do seu filho Salomão (1 Reis 2:10-11; 11:42-43), bem como vários
famosos sítios do Judaísmo e do Cristianismo. A "Via Dolorosa" ou vulgarmente
conhecida pelos católicos por "Via-Sacra" (o sofrido percurso da Paixão de
Cristo até Gólgota) atravessa este centro nevrálgico de Jerusalém. Tanto o lugar onde o
Senhor Jesus Cristo foi crucificado como o Santo Sepulcro ficam a escassos metros do
Monte do Templo. Há provas irrefutáveis desta afirmação, que consta nas
Sagradas Escrituras e nos templos que foram construídos nestes importantes
lugares de culto, que ainda hoje atrai peregrinos praticamente de todo o mundo. E sabemos que, em abono da verdade, a generalidade dos
primeiros Cristãos era judia, visto que o Cristianismo teve a sua origem
no Judaísmo.
Por isso, é um facto manifestamente indesmentível que
aquelas circunscrições territoriais (o Muro das Lamentações, o Monte de Sião e toda
a mítica cidade de Jerusalém) foram e são afectos aos judeus desde os primórdios.
Afirmar o contrário, tal como arbitrariamente fez agora a UNESCO, consubstancia uma
autêntica adulteração da História e um indecoro para lamentar.