«Mistério vivente, por
virtude do qual o homem nasce, vive e morre, a mulher não pode ser circunscrita
a uma definição. E, no entanto, porque será que tantos filósofos, psicólogos,
ensaístas, moralistas, teólogos, e poetas escreveram em todas as épocas sobre a
mulher e não sobre o homem? (…) Muito se tem escrito sobre as mulheres e seria
difícil dar uma ideia de todos os géneros e publicações de que foram objecto.
Os poetas, diz Cérise, exaltaram as qualidades, os moralistas colocaram a nu os
defeitos, os publicistas discutiram os direitos, os médicos descreveram as
doenças, os fisiologistas mostraram os mais íntimos segredos da sua
organização.»
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(A. Miranda Santos, in Polís,
4º volume de Letra M a P, p. 467, Lisboa/São Paulo, 1983).