É manifestamente
indiscutível, nos dias de hoje, a importância cimeira que o peso corporal
assume na qualidade da nossa saúde. O peso revela, na generalidade das
situações, o estado de saúde de uma pessoa. Também é irrefutável o fator
pernicioso que o sedentarismo e a alimentação desregulada representam para a
saúde físico-emocional de qualquer indivíduo. Praticar exercício físico, adotar
uma dieta equilibrada e cultivar hábitos de vida sóbrios são receitas
garantidas para o bem-estar — fazendo fé nas prescrições que médicos e
nutricionistas convencionam e recomendam, de forma ortodoxa, aos seus
pacientes.
Naturalmente, apesar de
tudo isto, não se pode negar a influência da herança e da constituição genética
em todo este processo. Há pessoas que aparentam um exterior saudável e estão em
excelente forma física — à luz dos decadentes padrões do nosso mundo pós-moderno
—, mas que, interiormente, padecem de doenças. Dispõem de um arcaboiço débil,
suscetível de atrair inúmeras doenças. Por outro lado, existem pessoas que
aparentam ter um aspeto físico menos saudável ou, em determinados casos,
acumulam excesso de peso, mas ainda assim permanecem imunes a várias
enfermidades.
São indivíduos
robustos, sãos e incólumes às doenças, em virtude da boa genética herdada dos
seus progenitores. Pode acontecer que pessoas com excesso de peso não reflictam,
necessariamente, aquilo que consomem diariamente. Da mesma forma, há quem seja
dado às comezainas, mas que, mesmo assim, se mantenha magro e elegante. Um
autêntico paradoxo, não é? De facto, é isso mesmo.
Não obstante estes prós
e contras, é importante que cada um cumpra cabalmente a sua responsabilidade e
deixe a natureza cuidar da sua parte. A herança genética não pode — nem deve —
servir de pretexto para negligenciarmos os cuidados com a saúde. Uma vida proactiva,
pautada por disciplina no exercício físico e por uma alimentação saudável, tem
sempre impacto positivo na vida de quem a pratica.
Acontece que, por
diversas razões, a maioria das pessoas acaba por não corresponder a estes
desafios tão importantes, optando pelo conformismo, o sedentarismo, a
glutonaria e tantos outros vícios prejudiciais à saúde.
Ora, jamais um devoto Cristão
deve enveredar por tais desregramentos. O filho de DEUS deve procurar ser
comedido em tudo o que faz, cuidando bem do seu corpo e, consequentemente, da
sua saúde. Não devemos comer para viver, mas viver para comer. Este importante
princípio coloca-nos perante o desafio de procurar, na medida do possível, ser
responsáveis nas opções diárias que tomamos relativamente ao nosso cardápio
alimentar, a fim de sermos saudáveis — tanto espiritual como fisicamente.
Por isso, convém
recordar, em nome da harmoniosa saúde física, mental e espiritual de todos os
fiéis em Cristo Jesus, que “os alimentos são para o estômago e o estômago para
os alimentos. Mas o Senhor há de fazer com que tanto o estômago como os
alimentos se desfaçam, um dia. O corpo humano, porém, não é para a imoralidade.
Ele é para o Senhor e o Senhor é para o corpo” (1 Co 6:13).