Teologia de Alimentação (3)



É manifestamente indiscutível nos dias de hoje a importância cimeira que o peso tem na qualidade da nossa saúde. Ele diz, na generalidade de situações, sobre a saúde de uma pessoa. Também é irrefutável o factor pernicioso que o sedentarismo e a alimentação desregulamentada representam na saúde físico-emocional de uma pessoa. Praticar os exercícios físicos, adoptar uma dieta alimentar balanceada e cultivar hábitos de vida sóbrios são receitas garantidas para o bem-estar, isto é, fazendo fé nas prescrições que os médicos e nutricionistas convencionam e recomendam ortodoxamente aos seus pacientes. 

Naturalmente, apesar de tudo isso, não se pode negar a herança e a constituição genética em todo este processo. Há pessoas que transparecem um exterior saudável, inclusive que estão em excelente forma física, à luz dos padrões do nosso mundo pós-moderno, no entanto são interiormente doentes. Dispõem de um arcaboiço débil susceptível de atrair inúmeras doenças. Ao passo que há outras pessoas que aparentam ter um aspecto físico menos saudável ou, em determinados casos, acumulando excesso de peso no corpo, mas ainda assim continuam imunes a eventuais doenças. São robustas, sãs e incólumes às doenças, tendo em conta a boa genética que herdaram dos seus progenitores. Pode acontecer haver pessoas gordas que não têm nada a ver com aquilo que comem diariamente. Pode, da mesma sorte, inversamente, haver pessoas que são dadas às comezainas, mas mesmo assim continuam magras e elegantíssimas. Um autêntico paradoxo, não é? 

Sem prejuízo destes prós e contras, é importante sempre cada um cumprir cabalmente com a sua responsabilidade e deixar a natureza cuidar a dela. A herança genética não pode e nem deve servir de pretexto para relaxarmos de zelar pela nossa saúde. Uma vida proactiva, pautada de cuidados especiais a nível de exercício físico e boa alimentação, tem sempre impacto positivo na saúde do visado. Acontece que, por várias razões, a maioria das pessoas acaba sempre por não corresponder a estes importantíssimos desafios, optando por enveredar pelo conformismo, o sedentarismo, a glutonaria e tantos outros malévolos vícios prejudiciais à saúde. 

Ora, jamais um devoto Cristão pode encarrilar por estes desregramentos. Tem sempre que procurar ser comedido em tudo o que faz, isto é, cuidar bem do seu corpo e consequentemente da sua saúde. Por isso, convém recordar em nome da harmoniosa saúde física, mental e espiritual de todos os fiéis no Senhor Jesus Cristo, “os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos. Mas o Senhor há de fazer com que tanto o estômago como os alimentos se desfaçam, um dia. O corpo humano, porém, não é para a imoralidade. Ele é para o Senhor e o Senhor é para o corpo” (1 Coríntios 6:13)