Teologia de Alimentação (2)

A vida Cristã converge-se indubitavelmente no equilíbrio saudável do ser interior e exterior, contribuindo afectivamente para a sinfonia de todo o corpo. A nossa saúde espiritual é extremamente importante, tal como a saúde física. Apenas é preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre as duas realidades indissociáveis. Acontece que, por razões cognoscíveis, máxime, da cultura predominante que dão demasiada primazia à questão da estética e exterioridade, muitos Cristãos acabam por negligenciar deliberadamente a interioridade do ser, abraçando a moda de viver exclusivamente das aparências e culto desenfreado da imagem. Ludibriados na amálgama de “manter a linha”, através da falsa ideia de obter o “corpo perfeito”, os tais Cristãos lançam-se num esforço descomedido para poderem encaixar-se nos decadentes padrões do “presente século mau”. São capazes de adoptar uma dieta alimentar bastante austera, passar horas a fio no ginásio e privar-se de várias comodidades do dia-a-dia, com o único intuito de não perder “a linha”, mas ao mesmo tempo têm intencionalmente descurado os preceitos mais importantes da Palavra de DEUS, nomeadamente a Obediência, o Compromisso, a Fidelidade e a Santidade. No entanto, são os mesmos pseudo-cristãos que ficam rapidamente saturados quando a pregação se alonga mais alguns minutos, não assumem qualquer tipo de responsabilidade na Igreja, não priorizam as coisas sagradas e estão alheados a tudo que toca a DEUS. Apenas vestem disfarçadamente a capa de bons Cristãos ao domingo e mais nada. Parecem por fora, tal como os hipócritas fariseus, “muito bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão” (Mateus 23:27-28). 

O ponto de equilíbrio está acima de tudo no exercício permanente da piedade Cristã, porque ele encerra o segredo da verdadeira felicidade, que conduz à vida eterna. Por isso, convém recordar em nome da harmoniosa saúde física, mental e espiritual de todos os fiéis no Senhor Jesus Cristo, “o exercício físico, por si mesmo, tem pouco valor. Mas a vida piedosa vale tudo, pois leva consigo uma promessa de vida, tanto para agora como para o futuro” (1 Timóteo 4:8)