«Guiné e
cabo verde
faces da
mesma moeda
filhos do
mesmo PAI
gerados do
mesmo ventre
orientados
pela mesma seta
quer no
tarrafal, quer no “djiu de galinha”
a procura
dos atalhos da liberdade.
A Guiné e
Cabo verde
nasceram do
sol, suor, verde e mar
do
desespero e da esperança do nosso povo mártir
do sangue
do Ramos, da Silla, da Ntungue e do Cabral
que coloriu
a nossa bandeira (ku boé pega partu).
A luta de
libertação nacional terminou
depois de
muitos “paranta ku tchebur”
a Guiné e
Cabo verde libertaram-se
mas ainda
não se libertam
o Tite, o
Komo e a Guiledje,
o Fogo, o
Sto. Antão, o mercado “somnadur di Bande”
a liberdade
só terá significado quando o M’bana Kabra,
o Duarte
Kambalala deixarem de “coicoir”
nos becos e
guetos das nossas tabancas.» (LER).