Guiné e Cabo Verde, por Manuel Pedro Pereira Júnior


«Guiné e cabo verde 
faces da mesma moeda
filhos do mesmo PAI
gerados do mesmo ventre
orientados pela mesma seta
quer no tarrafal, quer no “djiu de galinha”
a procura dos atalhos da liberdade. 

A Guiné e Cabo verde
nasceram do sol, suor, verde e mar
do desespero e da esperança do nosso povo mártir
do sangue do Ramos, da Silla, da Ntungue e do Cabral
que coloriu a nossa bandeira (ku boé pega partu). 

A luta de libertação nacional terminou
depois de muitos “paranta ku tchebur”
a Guiné e Cabo verde libertaram-se
mas ainda não se libertam
o Tite, o Komo e a Guiledje,
o Fogo, o Sto. Antão, o mercado “somnadur di Bande”
a liberdade só terá significado quando o M’bana Kabra,
o Duarte Kambalala deixarem de “coicoir”
nos becos e guetos das nossas tabancas.» (LER)