«Não se devia diluir o termo africano que actualmente é mais alargado num conceito pós moderno... mas não para todos em África e menos na Europa onde africano é sinónimo de negro/preto incluindo para o mestiço indo para um conceito ou denominação mais anglo-saxónica-germânica. Os nomes não mordem não é preciso ter medo deles. São assim as regras do jogo impostas por outros na terminologia – branco e preto – mesmo assente em base anti-científica.»
«(…) Por outro lado países africanos como Angola e Moçambique tiveram e têm ministros brancos de origem portuguesa nos seus quadros. É uma contradição (pela positiva). A equivalência dessa possibilidade em Portugal não existe. É a dolorosa verdade doa a quem doer. Há mais espaço para actividades políticas e empresariais (apesar de tudo) nesses novos países africanos para os brancos africanos que em Portugal para os negros europeus»
«Portugal e os portugueses sempre os primeiros (em África) e os últimos (na integração a sério). Fica-se na propaganda. É interessante que até num sistema colonial/“fascistóide” como foi o de Oliveira Salazar houvesse a preocupação mesmo em termos de propaganda cosmética interna e externa, em dar alguma visibilidade a cidadãos negros/mestiços através da participação na vida parlamentar na AR em Lisboa. Eram deputados/representantes das suas colónias de origem quer de Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. (Isto antes do 25 de Abril 1974). Claro para uns é irrelevante mas por outro lado revela que apesar de tudo (chamados fantoches ou não) eram vistos com alguma dignidade pelo regime. E naquele tempo a densidade demográfica de negros/mestiços em Portugal era mínima ao contrário de hoje que em algumas artérias das cidades de Portugal não se pode circular 15 minutos sem se cruzar com um negro/mestiço».
«(...) Ninguém ainda reparou neles mesmo sendo cerca de 1 milhão pelo menos de negros/mestiços com nacionalidade portuguesa. Isso como se chama? A culpa não será dos visados (negros/mestiços) mas sim do sistema que impede destes terem maior visibilidade sem ser nas selecções de futebol de Portugal ou até nas selecções de atletismo e de basquetebol. (Inclusive na música muitos tem dupla nacionalidade). É assim a vida neste “nosso” Portugal não assim tão pequenininho pois podia ser muito melhor se houvesse menos preconceito!»
(Ler mais sobre este trabalho de João Craveirinha em: "Pululu").
«(…) Por outro lado países africanos como Angola e Moçambique tiveram e têm ministros brancos de origem portuguesa nos seus quadros. É uma contradição (pela positiva). A equivalência dessa possibilidade em Portugal não existe. É a dolorosa verdade doa a quem doer. Há mais espaço para actividades políticas e empresariais (apesar de tudo) nesses novos países africanos para os brancos africanos que em Portugal para os negros europeus»
«Portugal e os portugueses sempre os primeiros (em África) e os últimos (na integração a sério). Fica-se na propaganda. É interessante que até num sistema colonial/“fascistóide” como foi o de Oliveira Salazar houvesse a preocupação mesmo em termos de propaganda cosmética interna e externa, em dar alguma visibilidade a cidadãos negros/mestiços através da participação na vida parlamentar na AR em Lisboa. Eram deputados/representantes das suas colónias de origem quer de Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. (Isto antes do 25 de Abril 1974). Claro para uns é irrelevante mas por outro lado revela que apesar de tudo (chamados fantoches ou não) eram vistos com alguma dignidade pelo regime. E naquele tempo a densidade demográfica de negros/mestiços em Portugal era mínima ao contrário de hoje que em algumas artérias das cidades de Portugal não se pode circular 15 minutos sem se cruzar com um negro/mestiço».
«(...) Ninguém ainda reparou neles mesmo sendo cerca de 1 milhão pelo menos de negros/mestiços com nacionalidade portuguesa. Isso como se chama? A culpa não será dos visados (negros/mestiços) mas sim do sistema que impede destes terem maior visibilidade sem ser nas selecções de futebol de Portugal ou até nas selecções de atletismo e de basquetebol. (Inclusive na música muitos tem dupla nacionalidade). É assim a vida neste “nosso” Portugal não assim tão pequenininho pois podia ser muito melhor se houvesse menos preconceito!»
(Ler mais sobre este trabalho de João Craveirinha em: "Pululu").