VIAGEM/FÉRIAS. Durante estes dias (de 03 a 11 deste mês) tenho ausentado de Portugal por motivos de férias. Estive na Alemanha e de seguida na Holanda (o termo correcto é Netherlands que significa Países Baixos. As Holandas são duas províncias um do Norte e outro do Sul que fazem parte das doze províncias de Netherlands/Países Baixos. Quando se diz a Holanda está somente a referir as duas províncias de Países Baixos sem no entanto incluir as outras dez que também fazem parte do reino de Netherlands/Países Baixos. O correcto é Netherlands que em português quer dizer, Países Baixos). Na Alemanha era suposto estar como monitor na conferência/acampamento Internacional organizado pela OM (Teenstreet) na cidade de Oldenburg que já tinha pago todas as despesas concernentes à viagem e a estadia no evento para viajar no dia 26 do mês passado. No entanto, tendo em conta os meus compromissos académicos, uma vez que estava ainda a ultimar os exames (as orais) na faculdade que só terminaram no dia 29, acabei por falhar a viagem com a equipa portuguesa que na qual fazia parte. Mesmo assim, comprei uma outra passagem para ver se conseguiria estar pelo menos três dias no evento antes de seguir rumo à Netherlands, acontece que, quando cheguei Hamburgo, constatei que afinal o congresso terminaria no dia 04, ou seja, no dia seguinte. Facto que fez com que mudei rapidamente de ideia, e resolvi ficar só um dia na Alemanha, concretamente na cidade de Hamburgo-Altona, não em Oldenburg onde estava a decorrer o Congresso (seria um desperdício financeiro da minha parte, ir para uma conferência/acampamento só um dia. Agora vou tentar ver, se a organização me devolve o dinheiro que paguei. São as negociações que vou ter que fazer nos próximos dias). E no dia seguinte, 04 parti para Netherlands onde fui bem recebido pelos meus amigos holandeses, a família Verhoef – Peter, Annie Boaz e Lucas (o grande homem do norte). Tudo para dizer, que foi uma grande aventura que pude experimentar na minha vida. Desde Lisboa da forma como decorreram as coisas antes de entrar no avião até a chegada ao aeroporto de Hamburgo/Lübeck; do aeroporto de Lübeck para Central Station (trajectória de camioneta que durou quase 1:30h); de Central Station de comboio para Altona (todos estes percursos feitos, foi dentro da mesma cidade, Hamburgo) uma cidade tão enorme e caríssimo para encontrar o sítio onde ficar, ainda por cima, com a minha preocupante limitação do inglês. No dia seguinte, as 7:30h da manhã (já para deixar a cidade rumo a Netherlands), apanhei o comboio em Central Station em Hamburg-Altona (para mudar de comboios em duas paragens) passando pelo Chance in Osnabrück Hbf (fronteira da Alemanha com Netherlands), Amersfoort (já em Netherlands), Gouda e por fim, a cidade dos meus amigos, Reeuwisk. Para não falar das excursões as demais cidades visitando museus e símbolos históricos, Igrejas, Estádios, Parques, andar de bicicleta, convívio que tivemos etc. Enfim, guardarei todos os pormenores para o próximo post. Qualquer das formas, não deixa de ser momentos marcantes na minha vida. Louvo a DEUS, por me ter proporcionado esta maravilhosa oportunidade e ao mesmo tempo aventura; como também a minha protecção ao longo de toda a viagem que fiz até regressar a Lisboa. De facto é bom sempre viajarmos, porque trazemos novidades que acabam por marcar de modo significativo as nossas vidas. Como escreve o Escritor espanhol Miguel Cervantes Saavedra, “andar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados”. Plenamente verdade!
O POSSÍVEL ENVIO DE UMA FORÇA DE ESTABILIZAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU é um assunto sério que merece séria ponderação na sociedade guineense. Ponderação que deve passar em primeiro lugar pelo diálogo e consenso dentro dos órgãos do Estado que por sua vez, deverá traduzir em uníssono aquilo que é a vontade soberana do povo guineense sobre a matéria. Todavia, o que se verifica neste momento é tudo inverso. A começar pelo dissenso dos militares sobre a questão manifestadas nas declarações do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, não obstante, reconhecer se essa for a vontade do Governo em fazer avante a tal decisão, terão que aceitar, porque são subordinados às decisões políticas do Governo. Para nós, estas declarações foram infelizes, visto que não se coadunam com o princípio da unidade do estado, como revela a fragilidade e espírito de divisão no seio do Estado guineense. Quanto à posição dos partidos políticos, mormente, os da oposição não nos assusta nada, uma vez que estão simplesmente a cumprir com o seu papel da oposição. Importa esclarecer, que este nosso entendimento, não se põe em causa a liberdade de expressão e de discordância contemplado na Constituição que assiste a qualquer cidadão, grupos ou instituições do Estado que enquadra na lista dos direitos fundamentais característicos de um estado de Direito. No entanto, essas questões têm o seu furo próprio, para serem debatidas. Não cada órgão do estado formular a sua própria opinião numa matéria tão delicada e relevante para o país, passando uma ideia errada de ambivalência dentro do Estado. O Estado é único; e só deve apresentar uma única voz, ao povo. Brevemente tomaremos uma posição sobre o assunto (sobre o envio da dita força de estabilização).
LIVROS. Conto nos próximos dias (o espírito das férias que ainda reina em mim, também por uma questão de não perder o hábito de leitura) ler: A primeira e segunda séria de “Retalhos da Vida de um Médico” de Fernando Namora (já li a 1º séria não até ao fim. A 1º série é da Editora: Guimarães Editores, 1954 a 2º da editora: Publicações Europa-América, 2000); “Novos Contos da Montanha” 1º e 2º edição, e 3ª edição de Bichos - obras de Miguel Torga (todas da Editora: Leya, 2010, 2008, 2008); “Engrenagem” de Soeiro Pereira Gomes” (Editora: Avante, 2009). A Bíblia Sagrada é o nosso pão diário, pelo que dispensa a apresentação.
JUSTIÇA EM PORTUGAL continua ainda a dar que falar. Os recentes casos é uma autêntica vergonha para a justiça portuguesa. Falo do recurso do autarca de Oeiras Isaltino Morais, que acabou por ver a sua pena reduzida drasticamente depois de ser condenado a sete anos de prisão efectiva e a perda de mandato por quatro crimes a que foi acusado e que o Tribunal de Sintra deu como provada: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais, e o Primeiro-ministro José Sócrates sobre o caso Freeport cuja investigação agora terminou, ilibando-o totalmente das acusações que ele estava a ser alvo. Sem querer defender José Sócrates (a minha preocupação é mais com a Justiça), tal como manifestei aqui no ano passado, considerei sempre que ele era inocente das acusações que estava a ser alvo. E assim, concordo em parte com as sugestiva dada pelo Professor Doutor e Eurodeputado Vital Moreira, que apela a generalidade da imprensa nacional, “jornalistas e comentadores um pedido de desculpa pelas aleivosias que cometeram em relação a José Sócrates no caso Freeport". Quanto os outros casos, já não meto a mão no fogo, a começar com o processo da Face Oculta e da TVI, e do autarca de Oeiras Isaltino Morais. O poder judiciário em Portugal continua ainda muito aquém das expectativas. A nossa interrogação permanece: afinal de quem é a responsabilidade de tudo isso?