Uma das piores ameaças que o mundo Pós-moderno enfrenta
vem, sem margem para dúvidas, do Islão. É uma religião hostil que não conseguiu
evoluir ao longo dos tempos. Permanece estaticamente refém de um passado
integrista e de uma ideologia retrógrada, desprovida de qualquer tipo de sentido
nos dias de hoje. Opõe liminarmente aos valores do secularismo, da democracia,
da globalização, da modernidade, sob pretexto de serem produtos Ocidentais e
maldições diabólicas. Propala, sobretudo, uma mensagem autoritária que emprega
explicitamente o ódio e a violência como sendo meios legítimos para se afirmar
o primado da "Sharia" em todas as esferas da sociedade, através
de um fundamentalismo exacerbado, que consubstancia manifestamente práticas do
terrorismo. E assim, de forma fanática, resvala numa deriva doutrinária
e profunda crise de fé sem retorno previsível.
Por isso, em suma, os apologistas que defendem que o Islão não é
responsável pelas atrocidades cometidas em seu nome não são, de todo,
razoáveis. Enquanto os líderes islâmicos não propuserem uma interpretação
substancialmente pacifista do Alcorão, parafraseando Hicham Bou Nassif, tanto
os Judeus como os Cristãos e pessoas tidas como "infiéis" continuarão a
ser perseguidas e assassinadas, como, aliás, têm sido reiteradamente. É este o
motivo pelo qual os argumentos que proclamam a "inocência do Islão" são inexactos e contraproducentes. Não fazem mais do que
atrasar o exame de consciência que os muçulmanos têm de fazer impreterivelmente para o supremo bem da Humanidade.