Pôr os Pontos nos Is


Concordo genericamente com o eurodeputado Paulo Rangel: Jesus não era Socialista e não se restringia a nenhuma ideologia política. Ele transcende qualquer tipo de filosofia e redutores arbítrios humanos (LER). A Sua mensagem do Evangelho é dos pobres do espírito – daqueles que procuram genuinamente reconhecer a sua miserável condição espiritual e aceitam, de bom agrado, o convite de abraçá-Lo como Único Senhor e Suficiente Salvador em suas vidas. O Messias não era Político e nem sequer tinha essa pretensão, apesar de infundadas suspeitas das autoridades romanas e do Sinédrio que recaíam sobre Ele, acusando-Lhe aleivosamente de querer ser o rei dos judeus e de Se autoproclamar Filho de DEUS, culminando assim com a Sua horripilante morte na Cruz do Calvário. 

É verdade que Jesus se relacionou com pessoas de diferentes classes sociais (tantos os pobres como os ricos) contudo, nestes relacionamentos que granjeou, Ele dava primazia especial aos mais desfavorecidos por serem pessoas que careciam de maior ajuda, nomeadamente os órfãos, as viúvas, os doentes, os estrangeiros e os pobres em geral. E os seus seguidores, os Cristãos, são chamados a olhar com devida atenção para os marginalizados da sociedade. Tal não significa, de modo algum, que Jesus era Socialista, Social-democrata, Comunista, Democrata Cristão, e, muito menos, de Esquerda ou de Direita como muitas vezes é catalogado partidariamente. Apenas evidenciava, de forma manifesta, a componente da Justiça Social que a Doutrina do Evangelho também encerra.