«Na Europa, há quem
confunda os diferentes atributos dos dois sexos e pretenda que o homem e a
mulher devem ser considerados não só iguais, mas também semelhantes. Essas
pessoas atribuem a ambos as mesmas funções, impõem-lhes os mesmos deveres e
concedem-lhes os mesmos direitos; não os distinguem em nenhum aspecto, quer se
trate de trabalho, quer de divertimento ou negócios. É fácil perceber que, ao
esforçarem-se por igualar desta forma um sexo ao outro, acabam por degradá-los
a ambos e desta mistura grosseira de duas obras diferentes da natureza só podem
resultar homens fracos e mulheres desonestas»[1].
[1]
Alexis de Tocqueville, in “Da Democracia na América”, p. 723-724, Principia,
Estoril, 2007.