Prós e Contras


O Prós e Contras de ontem a noite na RTP1 foi em tudo antagónico e paradoxal. O tema objecto do debate foi sobre o tão afamado movimento feminista "#MeToo" (ALI)(AQUI). A Historiadora Raquel Varela parecia-me uma puritana de Direita, diferentemente das suas notórias e conhecidas posições públicas radicais de Esquerda, anulando de forma esgrimida a neofeminista Isabel Moreira. Esta, por sua vez, a "Constitucionalista", teve grandes dificuldades em explicar juridicamente o conceito da importunação sexual em articulação com o assédio, galanteio e o piropo, limitando-se apenas a uma mera definição abstrata sem convencer propriamente a Jornalista Fátima Campos Ferreira e a plateia em particular. Julgo que foi uma opção deliberada e intencional por parte dela. Não tenho margem para dúvidas que a concepção da Deputada Isabel Moreira sobre estes assuntos transcende, em larga medida, aquilo que está disciplinado no Código Penal e que a generalidade dos portugueses concebe. Os neofeministas não fazem destrinça destes conceitos. Colocam-nos todos no mesmo cardápio, assemelhando-os com a violação. A própria Feminista Simone de Beauvoir, na sua reputada obra "O Segundo Sexo II" (LER), considerava a copula (mesmo sendo livremente consentida ou no matrimónio) um acto de violência sexual infringida contra a "inofensiva" mulher, sobretudo quando esta é desflorada. 

Mas a pior baboseira da noite veio de um "ilustre desconhecido", um tal Prof. de Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona, que insinuou que quando se esta a educar uma criança obrigatoriamente a beijar a avozinha e o avozinho em casa a sociedade está, deste modo, "a educar para a violência sobre o corpo do outro e da outra desde criança", argumentava convictamente. Que disparate sem precedentes! Esta fulano precisa sim, com carácter de urgência, ser educado novamente sobre os grandes princípios e os valores da sociedade, especialmente de um saneamento mental para estar bem ajuizado nas suas disparatadas considerações.