O senhor José Mário Vaz é um homem
manifestamente desqualificado para ser o Presidente da República da
Guiné-Bissau. Não tem o arcaboiço político e sentido de Estado. Não conhece as suas atribuições
constitucionais. Não respeita as instituições democráticas do país que, em última
instância, segundo a Constituição, ele representa e é o garante número um do
regular funcionamento das mesmas. Não acata as decisões dos órgãos de soberania
e não sabe aprender com os erros do passado. É um homem, como se pode ver,
belicoso e concomitantemente perigoso para o nosso país. Tanto que, por esta
razão, desde o início, quando a generalidade dos guineenses estava
completamente enamorada com ele, alertei em vários contextos os perigos que
este homem representaria para a Guiné-Bissau (VER).
Desde logo, foi Jomav que demitiu de má-fé o legítimo
governo da nona legislatura (LER), invocando razões que nunca chegou a provar. Foi
Jomav que estando de má-fé nomeou cinco governos à revelia da Constituição da
República. Foi Jomav que estando de má-fé promoveu, de forma acentuada e
descarada, a desunião entre os patrícios guineenses e com implicações negativas
que ainda hoje se fazem sentir. Foi Jomav que estando de má-fé banalizou as
instituições do país, promovendo para altos cargos de Estado pessoas inidóneas,
medíocres, malfeitores, traficantes de drogas e autênticos corruptos. Foi Jomav
que estando de má-fé distribuiu arbitrariamente as noventa viaturas oferecidas
pelo Reino de Marrocos, vedando assim o povo do seu usufruto (VER). Foi Jomav que
estando de má-fé instrumentalizou o seu Conselheiro para a Segurança Interna e
Externa, bem como o Ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e o
Ministro de Interior para desviarem o “arroz do povo” oferecido pela China. Foi
Jomav que estando de má-fé, por causa de perder definitivamente o controle do
aparelho de Estado e consequentemente tornar ainda mais difícil a sua reeleição
nas próximas eleições que se avizinham, não quer nomear o novo governo coligado
dos quatro partidos políticos saído das urnas, arranjando falsos pretextos,
mesmo tendo já a clara decisão do Supremo Tribunal da Justiça. Foi Jomav que
estando de má-fé inventou inutilmente a crise no país, com intuito de tirar
dividendo políticos.
Jomav não tem feito nada para ajudar a Guiné-Bissau.
Limitou-se apenas a lutar pelos seus egocêntricos interesses e dos seus
grupinhos. Está inteiramente desprovido da visão republicana e dos valores democráticos.
Jomav prejudicou drasticamente os guineenses. Negou o progresso ao nosso
humilde povo. Matou colateralmente milhares dos nossos concidadãos ao longo dos
últimos anos da crise que não devia existir, deixando um rasto visível de
destruição, nomeadamente a consideravelmente degradação nos hospitais, o não
acesso a escola aos nossos estudantes, anarquia no aparelho de Estado, o não
pagamento dos salários em atraso aos funcionários públicos e os cofres do
Estado em bancarrota, etc. Jomav além de ser um homem falso é, ao mesmo, tempo
insensível, rancoroso, mau e perigoso. Não vive a virtude do amor, perdão, paz
e reconciliação. Vive somente barricado no palácio e na sua cidade natal
Caliquis, alheio ao sofrimento atroz dos guineenses. Jomav é uma desgraça para
a sua própria cabeça, da sua família e do povo guineense em geral. Os
guineenses estão cada vez mais pobres, exaustos, cansados, desesperados,
esfomeados e sufocados pelo esmagamento metódico a que foram votados pelo poder
político, especialmente pelo “mufunadu” de Jomav. Jomav é um
autêntico cancro para a Guiné-Bissau, infelizmente. Que má sorte a nossa!
No entanto, importa ainda frisar, que Jomav não está
sozinho no seu maléfico intento de destruir e afundar a Guiné-Bissau. Tem a
cobertura poderosíssima dos seus comparsas – os verdadeiros detentores do poder
no país. São estes os declarados inimigos do nosso povo que estão a legitimar
tais flagrantes abusos de poder de Jomav, fazendo com que ele não se importasse
com as legítimas e reiteradas revindicações da sociedade civil. Mas,
felizmente, eles não vão triunfar. De modo algum. Cedo ou tarde serão todos
derrotados pela força e determinação do povo guineense, porque o bem sempre
vence o mal. Sou Cristão e acredito piamente nesta grande verdade
soteriológica. Por isso, é extremamente importante e urgente os verdadeiros
patriotas erguerem-se de viva voz para libertar definitivamente o nosso país
das mãos destes bandos de criminosos, que saquearam o nosso futuro colectivo. A
sorte está lançada.