A Moral Cristã


Numa das fugazes conversas que mantinha recentemente com uma pessoa amiga convergíamos na necessidade de praticarmos sempre o bem, independentemente da gratidão ou ingratidão que poderá advir das nossas boas acções. A oportunidade de amparar o próximo que precisa da nossa oportuna ajuda é sempre um momento singular e privilégio ímpar na vida que excede qualquer tipo de lógica minimalista, contrapartida ou arbitrariedade – por mais absurdo que isto possa parecer no “presente século mau” em que estamos compulsoriamente inseridos, máxime quando pensamos na ingratidão que muitas das vezes recebemos pelo precioso bem que fazemos (sshhhhhhhhh, que ingratidão!). Jamais devemos deixar vencer pelo mal, mas vencer o mal praticando sempre o bem (Romanos 12:21)

A disponibilidade para amar e coadjuvar o nosso semelhante não deve ser determinada em consequência de nenhum benefício a priori, que almejamos obter como moeda de troca pelo favor que realizamos. Nesta matéria o “imperativo categórico” de Kant deve sempre triunfar nas nossas acções: ajudamos as pessoas única e exclusivamente em obediência plena ao supremo princípio do “dever ser”. E ainda o Santo Apóstolo Paulo, inspirado pela Sabedoria Divina, instava os Cristãos de nunca cansarem de fazer o bem (2 Tessalonicenses 3:13; Gálatas 6:9). A benevolência é algo especial e concomitantemente incondicional que não deve estar dependente de qualquer realidade exterior ou precedente para sua eficaz concretização. 

Nós, os Cristãos, os filhos de DEUS, somos todos convocados a perfilhámos plenamente a postura do “bom samaritano” nas nossas interacções diárias para com o próximo (Lucas 10:25-37). Eis, de forma subsumida, a Moral Cristã e verdade que conduz à salvação. Fazes isto e viverás.