«Quem é que, de facto,
ignora o que entre si fazem os cônjuges para gerarem filhos? Para isso é que,
com tanta solenidade, se realiza o casamento. Contudo, quando se trata de gerar
os filhos, aos próprios filhos, se algum existe já, não se lhes permite que a
isso assistam. Desta forma este acto legítimo pretende chegar à luz dos
espíritos mas recusa-se a chegar à luz dos olhos. Porque é isto senão porque o
que se realiza decentemente em conformidade com a natureza é acompanhado da
vergonha que procede do castigo?»
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(Santo Agostinho, in A
Cidade de Deus [Volume II], p. 1294, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2011).