Para ser maior de idade é preciso primeiramente ser
criança. Somente é adulto aquele que outrora foi tenro e experimentou a doce
fase da puerilidade. Ser criança é encarnar a cândida imagem do ser humano a
todos os níveis, máxime os valores da singeleza, honestidade e benignidade.
Tais elevadas virtudes ético-morais projectam-se na sua contagiante beleza da
alma e maneira peculiar de estar das próprias criancinhas. Talvez fosse por
esta razão que elas tivessem sido unanimemente apelidadas pelos comuns dos mortais
de “anjo”, beneficiando assim das impolutas qualidades desta magnífica e
transcendente criatura celestial.
O Senhor Jesus Cristo, de forma bastante peremptória,
advertiu aos seus discípulos que o Reino de DEUS é dos que são como crianças,
pois que quem não o receber abertamente tal como elas de modo nenhum entrará
nele (Mt 19:14-15; Mc 10:14-16; Lc 18:16-17). Para nós, Cristãos, os que
genuinamente “nasceram de novo”, ser criança é um imperativo bíblico e um dos
requisitos indispensáveis para herdar a promessa da vida eterna.
Por isso num dia como o de hoje, em que se celebra
universalmente “O Dia Mundial da Criança”, não se reduz apenas à condição de
ser criança, mas também é direcionado a todos aqueles que procuram no seu
quotidiano perfilhar holisticamente os nobres valores de um infante.
Sem entrar mais em prolegómenos, desejo um feliz e
bem-sucedido um de Junho para todas as crianças do mundo, especialmente às que
estão expostas a situações precárias de risco e são vítimas de tremendos
horrores de guerra, miséria, abandono, fome, exploração, abuso, violação,
prostituição, trabalho forçado, etc. Que o Todo-poderoso DEUS, de facto, as
ampare e as liberte definitivamente do jugo opressor em que se encontram
submergidas.
