Falar da segunda ordenança deixada pelo Senhor Jesus
Cristo, antes da Sua gloriosa ascensão aos céus, tem muito que se lhe diga (Mateus 16:18-20). Não é uma tarefa nada
fácil. Tanto que, por esta razão, tem sido exaustivamente objecto de inúmeros
estudos, interpretações e querelas doutrinárias por parte dos reputados
biblistas, exegetas e missionários, com o intuito de procurar encontrar o
melhor paradigma teológico que se coaduna com as Missões. Sem prejuízo desta
nobre preocupação humana, a nosso ver, entendemos que em certa medida acaba por
ser bastante redutor à luz das Escrituras Sagradas. Desde logo, ordenança em
apreço é bastante clara em todas as dimensões da vida Cristã. Não é susceptível
a equívocos, tal como tem sido reiteradamente ao longo dos séculos por parte de
pessoas que não conseguiram interiorizar holisticamente todas as suas implicações
doutrinárias.
Há um conjunto de pressupostos teológico-doutrinários
manifestamente inerentes e irrenunciáveis às Missões, que vinculam qualquer
crente no Senhor Jesus. Missões envolvem serviço e compromisso com a causa do
Evangelho e estas, por sua vez, estão indubitavelmente associadas à vida
consagrada. As três realidades são concomitantemente intrínsecas umas às
outras. Por isso, se há um défice acentuado a nível de Missões no nosso país, e
no mundo em geral, como infelizmente temos assistido com bastante sofrimento, o
problema deve-se sobretudo ao nosso desserviço, descompromisso e
desconsagração. Uma clara evidência da nossa indolente espiritualidade, que vai
minando cada vez mais a nossa mundividência missionaria (LER).
Esperamos, com a graça Divina, que possamos superar esta
letargia espiritual e ganhar muitas almas para o Reino de Cristo – a começar no
nosso descrente povo e no mundo em especial. Caso contrário, tal como nos
admoestam as Escrituras, chegará a noite quando ninguém pode mais trabalhar (João 9:4). E isto não é o ideal que se
espera da nossa tão maravilhosa salvação. Sejamos, pois, intrépidos portadores
da Boa Nova da Salvação "dentro e fora do
tempo” para glória e honra do nosso Eterno DEUS. Que assim seja.
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(Artigo
da nossa autoria. Publicado primeiramente no Boletim Oficial da Igreja
Evangélica Baptista da Amadora, no dia 26 de Novembro de 2017, tal como está
ilustrado na imagem supra, a propósito da celebração do mês de Missões Mundiais
da Convenção Baptista Portuguesa (CBP)).