Estive ontem, a convite da Associação
de Estudantes Guineenses, no Instituto Politécnico de Beja, como um dos
oradores convidados para falar sobre o tema “Guiné-Bissau: As Novas
Apostas para o Desenvolvimento Sustentável”, no âmbito da comemoração do
45.º Aniversário da nossa Independência.
Na minha explanação abordei toda a
problemática em torno da nossa dolorosa independência nacional, refutando a
versão veiculada pelo PAIGC ao longo dos anos para legitimar a equivocada opção
armada escolhida, tal como tenho reiteradamente defendido aqui: (1), (2), (3), (4), bem como apresentado
concomitantemente alternativas político-governativas exequíveis com vista a
dinamizar o nosso país rumo ao desenvolvimento sustentável. Reiterei ainda a
convicção da necessidade de alterarmos, com carácter de urgência, o nosso
modelo semi-presidencial para presidencial com vista a obter o desejado “pacto
de regime” (LER). Percorrendo este importantíssimo
caminho há, sem dúvida, condições propícias para lançarmos grandes opções
político-governativas e consequentemente libertar definitivamente o nosso país
da miséria gritante a que foi votado desde a sua auto-determinação. Neste
ponto, não me distanciei da tese que outrora defendi há cinco anos “Em
Defesa do Futuro da Guiné-Bissau” (LER).
Foi, de facto, um debate intenso,
profícuo e bastante esclarecedor. Resta-me, para efeitos de registo, agradecer
à Associação de Estudantes Guineenses no Instituto Politécnico de Beja por esta
excelente iniciativa cívica e pelo convite que me endereçaram; também ao
Professor Doutor Emílio Kafft Kosta pela edificante companhia e boleia no
regresso a Lisboa.