Para Onde Vai o Nobel?


Foi o título da Revista Expresso do dia 22 de Setembro, destacando as regiões e todos os países laureados com um prémio Nobel em mais de 100 anos da sua existência (LER)Os Estados Unidos de América (EUA) lideram em todas as categorias, excepto a nível da Literatura onde é superado por três escassos votos da França. O Continente africano é o mais “penalizado” pelos júris da academia sueca e norueguesa, obtendo apenas umas míseras 19 atribuições ao longo destas dez décadas do prémio. As mulheres, à semelhança da avaliação negativa de África, só conseguiram obter 49 atribuições contra as expressivas 847 dos homens (o mundo, por razões ainda do machismo consentido, continua ainda a ser dominado exclusivamente pelos homens, infelizmente). 

Um dado curioso ainda que importa salientar prende-se com o Brasil, as Filipinas e a Etiópia. Estes três colossos países nunca conseguiram ganhar um prémio Nobel o que, a meu ver, parece-me estranhíssimo e completamente descabido, uma vez que representam parte significativa da população mundial – fazem parte do rating da restrita lista de 13 países mais populoso do mundo. Como é possível não estarem devidamente a formar homens, mulheres e/ou instituições competentes “que realiza(ra)m pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade”, especialmente no âmbito da Química, Física, Paz, Medicina, Economia e Literatura?  É concebível a hegemonia dos EUA e a Europa para serem galardoados com mais de 90% de todos os prémios conferidos até à data presente? Sou eu que não estou a ver bem ou alguma coisa não está mesmo a bater certo com os discricionários “critérios imparciais” de atribuição do famoso prémio Nobel?