O Que é a Felicidade?


A pergunta é bastante sugestiva e pertinente nos ansiosos, conturbados e depressivos dias que correm. Definir a felicidade é uma tarefa complicadíssima, visto que não é uma questão assim tão nítida e linear de abordar. Ela remete-nos concomitantemente para várias considerações dogmáticas, nomeadamente etimológicas, filosóficas, religiosas e culturais, para assim podermos holisticamente aferir com precisão o seu verdadeiro substrato axiológico. Apesar de todas essas diversas formulações e mundividências subjacentes em torno dela, é um facto universalmente assente e manifestamente incontestável que todas os seres humanos à face da Terra almejam e buscam afincadamente a felicidade como supremo bem, mesmo desconhecendo, na generalidade de situações, no que ela realmente consiste ou as vias mais correctas de encontrá-la. Esta legítima aspiração é notória na ênfase e primazia que as pessoas incansavelmente vão dando à felicidade no seu quotidiano, desdobrando-se no domínio pessoal, afectivo-amoroso, familiar, relacional, literário, musical, profissional, político e governativo. A felicidade faz parte do cardápio indispensável do ser humano. Sem ela a vida seria completamente monótona e não faria qualquer tipo de sentido, razão pela qual é a legítima meta de todos os seres humanos.