“Faltavam dois dias
para a Páscoa e para a festa em que se comiam os pães sem fermento. Os chefes
dos sacerdotes e os doutores da lei procuravam maneira de prender Jesus, às
escondidas do povo, para o matarem. Pois diziam que não convinha prendê-lo
durante a festa para não provocarem alvoroço entre o povo.
Jesus estava em
Betânia, em casa de Simão, a quem chamavam «Leproso». E quando estava à mesa
aproximou-se dele uma mulher que levava num frasco de alabastro um perfume,
muito caro, feito das melhores plantas de nardo. Ela partiu o frasco e deitou o
perfume sobre a cabeça de Jesus. Algumas pessoas que lá estavam mostraram-se
indignadas com aquilo e começaram a dizer entre si: «Para quê desperdiçar todo
este perfume? Pois podia vender-se por mais de trezentas moedas que se davam
aos pobres.» E zangaram-se com a mulher. Mas Jesus corrigiu-os: «Deixem a
mulher em paz e não a incomodem. Ela praticou uma bela ação para comigo. Pobres
irão ter sempre convosco e poderão fazer-lhes o bem que quiserem. Mas a mim é
que não me poderão ter sempre. Ela fez o que pôde, perfumou já o meu corpo para
a sepultura. E garanto-vos que em qualquer parte do mundo, onde for pregada a
boa nova, será contado o que esta mulher acaba de fazer e assim ela será
recordada.[1]»”.
[1] Extraído in A Bíblia Sagrada,
Marcos 14:1-9, Versão, A Boa Nova Em Português Corrente, Lisboa, Sociedade
Bíblica de Portugal, 2004.