Tem havido um equívoco
deliberado na sociedade guineense sobre a definição de activismo, fazendo com
que algumas pessoas que se auto-intitulam de “activistas sociais” resvalassem
numa postura reiterada de má-língua, de intimidações, de violações, de insultos
e de linchamento público para silenciar os seus putativos opositores, julgando
com isso que estão a defender uma causa justa e nacional. A prática de
activismo político-social além de comportar na sua essência a militância, a
indignação, a denuncia, também consubstancia, acima de tudo, a civilidade e
sugestão de alternativas conducentes à mudança.
Ora, infelizmente, não
é nada disso que tem estado a acontecer na Guiné-Bissau. O debate de ideias
acaba por ser reduzido meramente a uma arena de confrontação e de ajustes de
contas uns com os outros (LER). Nada disto é activismo e, tão pouco, benéfico para ninguém. Não é benéfico
para o nosso país. Não é benéfico para a nossa sociedade. Não é benéfico,
inclusive, para os pseudo-activistas das redes sociais. Tais lamentáveis
vociferações não passam de uma autêntica má-criação dos seus promotores. Uma autêntica vergonha alheia!