Não tenho, como escrevi aqui oportunamente, qualquer
preferência especial por nenhuma estação do ano em concreto, não obstante vir
de um clima quente e ser naturalmente tropicalista. Maravilho-me com o inverno, a primavera, o verão
e o outono. Gosto de períodos de chuva e de seca. Amo, da mesma sorte, sem
qualquer tipo de hesitação, o calor e o frio em simultâneo. Aprecio imenso todas as épocas do ano,
procurando, na medida do possível, ajustar as suas cómodas e/ou incómodas
particularidades naturais (LER). Todas estas estações do ano
encerram realidades cognoscíveis que, como seres humanos que somos, podemos
sempre aprender imenso com elas.
O outono é uma grande estação do ano que nos remete
indubitavelmente para a importância cimeira que a mudança e renovação comportam
no desenvolvimento de qualquer vida. Não há vida sem a renovação e vice-versa.
As duas realidades são concomitantemente intrínsecas e indissociáveis uma da
outra. É deveras saudável e bastante reconfortante para alma quando
interiorizamos o conceito de mudanças positivas na nossa vivência quotidiana
com terceiros à nossa volta. A vida realmente só faz sentido quando imprimimos
de forma holística e acertada as mudanças requeridas para o nosso crescimento
interior e exterior, isto é, libertar para melhor renascer.
Precisamos, para o nosso próprio bem e crescimento
pessoal, de nos libertar de todas as malévolas “folhas” que vão obstruindo a
nossa coesão, paz, harmonia, crescimento e percurso de vida, tal como a estação
do outono. Deixar as más companhias, os maus hábitos, os relacionamentos
tóxicos e vícios prejudiciais à nossa saúde. Repudiar atitudes perniciosas
contra o nosso próximo e os terceiros, bem como expectativas irrealistas e
inexequíveis que criam apenas perturbações existenciais na alma. Diferentemente
destas importantíssimas e determinantes reformulações, renovar constantemente a
nossa poluída mente com pensamentos divinos da humanidade e da humanização
para, desta forma, podermos atrair as novíssimas “folhas” que nos conduz
realmente à verdadeira felicidade (LER). Que assim seja.