Partilho aqui o vídeo que gravei esta tarde, a
propósito da minha rubrica semanal, “Em Defesa do Futuro da Guiné-Bissau”.
Abordei apenas dois grandes temas que marcaram agenda política e social do país
nesta última semana, nomeadamente a vã tentativa do revisionismo histórico por
parte de Umaro Sissoko Embaló e Biaguê Na N’Tan sobre a nossa data da
independência nacional, descortinando o objectivo por detrás desta perigosa
adulteração da nossa história. Alertei ainda os partidos políticos
pró-democracia para não caírem no engodo e “canto da sereia” de Sissoko para
aceitar a marcação de eleições legislativas, mas sim devem estar unidos, firmes
e determinantes em exigir exclusivamente as eleições presidenciais ainda este
ano, sob pena de usar todos os mecanismos constitucionais para afastá-lo do
poder depois do dia 27 de Fevereiro do próximo ano.
E, por fim, no segundo tema, abordei o preocupante
relatório das Nações Unidas divulgado na semana passada que denuncia o tráfico
de seres humanos na Guiné-Bissau, sobretudo das mulheres e crianças em
particular. Infelizmente, tal como é do conhecimento da generalidade dos
guineenses, ser mulher e criança na Guiné-Bissau não é nada fácil. As crianças
guineenses, para grande tristeza nossa, são votadas a trabalhos forçados,
violência doméstica, casamento forçado, prostituição e mutilação genital
feminina, sem qualquer tipo de responsabilização das pessoas que praticam tais
hediondos crimes, consubstanciando uma autêntica violação de Direitos Humanos.
Não há primado da lei na Guiné-Bissau, antes pelo contrário, o que prevalece é
arbitrariedade, a conveniência, o abuso de poder, o costume contra legem
– e com todas as implicações que tudo isto representa na vida dos cidadãos,
especialmente aqueles que são mais vulneráveis.
Tenha um bom proveito na visualização e auscultação do
vídeo. Boa semana.