A Importância Cimeira do Amor nas Nossas Vidas


Estive, no passado dia 27 de Outubro, a pregar na minha Igreja. O tema que foi objecto da minha meditação com a congregação foi “A Importância Cimeira do Amor nas Nossas Vidas”, baseado na conhecida passagem bíblica de 1 Coríntios 13:1-13. 

A sublime figura de estilo usada pelo Apóstolo Paulo para definir o amor no texto sagrado em apreço não se encontra paralelismo em lado algum da história da humanidade, bem como em nenhum outro pensador clássico, medieval, moderno ou pós-moderno. Também não se encontra paralelismo nas argutas formulações poéticas de Ovídio, o grande “mestre de amor”, e nem nas heróicas obras literárias de William Shakespeare, estendendo-se igualmente as pomposas e proliferadas canções românticas de artistas contemporâneas dos nossos dias (LER)

É um amor plenamente holístico e sacrificial em todas as suas dimensões humano-espirituais. Transcende, em larga medida, o mero altruísmo pessoal. Não envolve contrapartidas. Colide completamente com as injustiças, as inverdades, o egoísmo, a jactância, o moralismo hipócrita, o falso saber e a espiritualidade de fachada. Não é passível de arbitrariedades ou mudanças circunstanciais. Ele é constante, incondicional e sempiterno. É mais precioso do que todos os bens mundanais, os dons espirituais e a própria vida. É um amor que, sendo encarnado pelos Homens com índole de “boa vontade”, procura compreender mais do que ser compreendido, consolar mais do que ser consolado, amar mais do que ser amado. É um amor omnipotente que nos remete indubitavelmente para o Todo-Poderoso DEUS – a razão primária e última de todo e qualquer tipo de amor. 

Por isso, nesta óptica Divina, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. É um amor que derruba os preconceitos, supera os impossíveis, constrói pontes e projecta-se para a eternidade. Este amor merece ser fervorosamente enaltecido, cantado, proclamado, partilhado e, sobretudo, vivido. Que assim seja sempre nas nossas vidas.