Debruçar-se sobre o misterioso mundo
da maternidade tem muito que se lhe diga. Não é uma tarefa facílima para o comum dos mortais, uma vez que encerra vários pressupostos axiológicos
que, nalgumas situações, transcendem a lógica racional (VER). Mesmo assim, apesar da complexidade
que o tema acarreta, não nos iliba de reflectir sobre ela como estamos a fazer.
A maternidade é, por excelência, a maior vocação que DEUS outorgou às mulheres
para perpetuar a Raça Humana. Ela está intrinsecamente ligada à concepção, à
procriação, à protecção, ao sustento e à educação. Em todas estas fases, desde
a intra-uterina até à idade adulta, os progenitores têm um papel preponderante
e determinante no sucesso ou insucesso de um filho, sobretudo as mães, tendo em
conta o cordão umbilical que os une.
Cabe, por isso, aos pais proporcionar
uma boa educação aos seus filhos e, deste modo, ajudando-lhes a ser pessoas
dignas e bem-sucedidas na sociedade. Só assim, poupar-lhes-ão de inúmeros
dissabores e agruras da madrasta vida, contribuindo positivamente para uma
sociedade melhor. É extremamente importante ensinar “o
menino o caminho que deve seguir, e assim, mesmo quando for velho, não se
afastará dele”, exorta a Palavra
de DEUS (Provérbios 22:6). É de pequenino, sentencia a sabedoria popular,
que se torce o pepino. Não há dúvida que é no berço
que se formata o carácter e o substrato identitário. E sabemos que, na generalidade das
situações, a influência da mãe é mais importante e amiúde determinante. Tem,
por razões cognoscíveis, um maior impacto no carácter do filho do que
propriamente do pai. Desde logo, o filho está mais dependente dela – pelo menos
nos primeiros anos de vida. Além disso, a herança cultural e a conjuntura
social em que estamos inseridos faz com que as mães passem mais tempo com os
filhos, comparativamente com os pais. E todos estes factores conjugados acabam
por dar uma primazia abismal às mães na vida dos filhos.
Muitas das grandes figuras na
longínqua história da Humanidade foram educadas pelas mulheres humildes e
piedosas. Estes homens honrados conseguiram feitos extraordinários graças à
nobre educação que receberam das suas mães. Nenhuma mãe deve subestimar a sua
capacidade pedagógica e, tão pouco, descurar a responsabilidade que tem na
educação e afirmação do seu filho na sociedade, independentemente das condições
favoráveis ou adversas que possa estar a viver no seu contexto específico do
lar. Não é preciso ser uma mãe erudita ou rica para dar uma boa educação a um
filho. Basta querer e procurar transmiti-lo reiteradamente os Grandes Princípios
e Valores da vida.
E mais, importa ainda salientar, os filhos são dos melhores
adornos e bens que uma pessoa possa ter, contando que sejam bem planeados. Não
consubstanciam fardos ou gastos, tal como a ímpia visão secularista e
materialista dos nossos dias tem vindo a propalar. Os filhos são uma dádiva do
Senhor. Eles são uma verdadeira bênção, escrevia o rei Salomão (Salmo
127:3-5; 128:1-6). Acontece que, perante esta magnífica bênção Divina, está
a maternidade com toda a sua pompa e transcendência. Ser mãe é uma das maiores
riquezas e manifestações do amor. Não há amor como o de mãe. Não há mãe, na pura
acepção do termo, sem o amor. As duas realidades são visceralmente intrínsecas
e indissociáveis uma da outra. A mãe é o sustentáculo, amparo e reduto último
para os filhos. É tudo que uma pessoa pode ter neste “Vale de lágrimas”. Por isso, em suma, “quem tem uma mãe
tem tudo, quem não tem mãe, não tem nada”.