A Igreja não faz sentido sem encarnar as Missões
na sua agenda quotidiana. Elas fazem parte fundamental da vitalidade de
qualquer Igreja. Mede-se inequivocamente a saúde espiritual de uma Igreja na
maneira como concebe e encara as Missões. São um barómetro infalível para aferir na íntegra
o grau da espiritualidade de uma igreja local. Uma Igreja que descura as Missões
torna-se vulnerável e fica bastante aquém daquilo que é o seu substrato identitário. Corre,
por isso, sérios riscos. É um manifesto sinal que está contaminada por um miasma
obstrutivo e consequentemente condenada ao fracasso. Vive insensivelmente na
sua autocomplacência, saturada e fora dos imaculados propósitos Divinos. Isto
porque não se pode falar de igrejas salutares sem falar de Missões e
vice-versa. As duas realidades fazem parte do plano da redenção, razão pela qual
as Missões são extremamente importantes na dinâmica e crescimento da Igreja.
Sabemos, pela realidade prática, que a
generalidade das igrejas nos dias que correm não fazem Missões. Não estão
minimamente preocupadas com elas. Têm outras prioridades que não as de anunciar
o Evangelho da Salvação. São completamente insensíveis à Evangelização e
Missões. Tal incongruência deve-se a vários factores conjugados. Desde logo, o
desleixo, a impreparação e o descompromisso por parte das lideranças das
igrejas, influenciando assim negativamente os restantes membros. E estes, por
sua vez, não sabendo gerir bem essas graves lacunas acabam por enveredar na superficialidade
da espiritualidade, resvalando nos pecados da hipocrisia, indolência, inveja, murmuração,
preconceito, segregação, heresia, maquinação e desunião, etc. Ora, todos esses
malefícios desviam o foco primordial dos crentes e obstaculizam
consideravelmente a acção missionária e o crescimento da Igreja, tendo contornos
preocupantes na promoção e propagação do Evangelho. Nunca foi tão urgente remirmos
o tempo, tal como nos tenebrosos dias de hoje. Os dias são, de facto, maus
(Efésios 5:16).
A Igreja é chamada a fazer Missões, bem como a
crescer e multiplicar-se. Tem que estar predisposta e preparada para partilhar
a Boa Nova da Salvação com as almas que carecem da graça salvífica do Senhor
Jesus (LER). Mas, para isso, ela tem que preencher previamente alguns importantíssimos
pressupostos bíblicos, para assim cumprir plenamente a sua cimeira missão aqui
na Terra. A começar com a libertação, a santificação, o compromisso e o
serviço. Só assim estará à altura de responder com mansidão e temor a qualquer
que lhe pedir a razão da sua esperança (1 Pedro 3:15). Esta irrepreensível
e sensata postura consubstancia, em última instância, a obediência ao mandato
da "Grande Comissão" e à submissão plena da soberana vontade de DEUS (LER).
Demonstra, em suma, o vigor, o dinamismo e a acção poderosa do Espírito Santo
na vida de uma Igreja profundamente comprometida com a nobre causa do Evangelho
(LER).