Considero-me uma pessoa extrovertida e com o espírito
aberto. Tenho predisposição mental suficiente para me adaptar à generalidade de
situações. Aprecio imenso as diferenças, o contraditório e a reciprocidade relacional.
Apesar dessas evidentes qualidades que são inerentes ao meu substrato
identitário sou, da mesma sorte, em determinadas situações, bastante circunspecto,
eremita e com uma personalidade vincada e irredutível (LER). No entanto, mesmo assim,
tendo em conta os impolutos Princípios e Valores Cristãos que me enformam desde
a mais tenra idade, procuro diariamente libertar-me de tudo aquilo que poderá obstaculizar
o meu vigoroso testemunho de vida como um fiel seguidor do Senhor Jesus Cristo.
Tento cultivar na minha acção aquilo que entendo ser benéfico para com o meu
próximo.
Por isso, gosto da interculturalidade, da religiosidade, de
lidar com as pessoas, de estimular novas amizades em todas as suas dimensões antropológicas.
Todos estes atributos só serão exequíveis quando envolverem os terceiros, bem
como a genuína amizade em última instância. Caso contrário, seria tudo uma
autêntica fachada, desprovida de qualquer tipo de "humanismo social". A amizade,
tal como escrevi num passado recente, é uma característica riquíssima nos seus
vários sentidos etimológicos, especialmente nos tenebrosos dias que correm. É
uma das nobres e maiores afeições naturais que o ser humano dispõe no seu
relacionamento com o próximo. Encarná-la autenticamente é reflectir, em última
instância, a natureza Divina na nossa identidade (LER).
O Padre Jacinto Bento é um amigo que consegui granjear
aquando da minha grata passagem pela Terra Santa (isto demonstra claramente que os Protestantes
e os Católicos podem ser perfeitamente amigos, sem prejuízo de cada um continuar
a defender a sua convicção doutrinária). Foi uma pessoa extraordinária, que me marcou
pela positiva, razão pela qual continuamos a dar-nos bem até aos dias de hoje (LER). É um conhecedor profundo da realidade do Médio Oriente, sobretudo de Israel e
Cisjordânia. Já empreendeu dezenas viagens de peregrinação à Terra Santa,
levando consigo inúmeros fiéis de várias profissões religiosas até à data
presente. Em 27 de Fevereiro de 2017, o Padre Jacinto Bento foi
investido Cónego Honorário do Santo Sepulcro de Jerusalém, na Concatedral, pelo
Bispo Marcuzzo, Vigário Patriarcal para Jerusalém e Palestina, pelo Decreto nº
9/2017, do Administrador Apostólico, o Arcebispo Pierbattista Pizzaballa. É
este Padre Jacinto que publicou este ano o livro "Terra Santa [Itinerário de
uma Peregrinação", fazendo questão de oferecer-me um exemplar devidamente
autografado. Muito obrigado, estimado Padre Jacinto. Que o Todo-Poderoso DEUS continue a abençoá-lo
e a ajudá-lo em todos os seus desafios de vida.